"As forças prosseguem com atividades operacionais direcionadas na zona do hospital de Shifa, evitando causar danos a civis, doentes, pessoal de saúde e equipas médicas", refere um comunicado militar, citado pela EFE.
O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas, adiantou este sábado que cinco feridos que estavam a ser tratados naquelas instalações morreram na sequência do cerco das tropas israelitas, que vai no sétimo dia consecutivo, juntando-se aos 13 doentes de cuidados intensivos que morreram nos últimos dias devido à falta de eletricidade e de tratamento médico.
O Ministério da Saúde denunciou também que 240 doentes e familiares foram detidos pelas forças israelitas, bem como uma dúzia de profissionais de saúde, enquanto o exército israelita afirmou que tinha interrogado mais de 800 suspeitos -- afirmando que 480 são "terroristas" -- e matado 170 alegados combatentes.
"Só daremos por terminada esta operação quando o último terrorista estiver nas nossas mãos, vivo ou morto", afirmou o comandante-chefe do Comando Sul do Exército de Israel, o major-general Yaron Finkelman, que saudou o êxito da operação "audaciosa e impressionante" realizada na noite de sábado.
O exército adiantou também que no último dia, os seus caças atacaram cerca de 65 alvos no norte e centro da Faixa de Gaza, incluindo um "túnel usado para efetuar ataques, complexos militares onde operavam terroristas armados e infraestruturas militares adicionais".
No centro da Faixa de Gaza e na zona sul de Khan Younis, onde os combates se prolongam há já mais de três meses, as tropas "eliminaram vários terroristas", ao longo do último dia.
Entretanto o Crescente Vermelho Palestiniano denunciou que o exército israelita voltou hoje a cercar os hospitais Nasser e Al Amal, ambos na cidade de Khan Younis, com "fortes bombardeamentos e tiroteios" junto aos dois centros hospitalares.
Dezenas de veículos blindados estão a cercar os dois hospitais e a executar trabalhos de escavação nas imediações, disseram fontes palestinianas, citadas pela Efe.
O Crescente Vermelho Palestiniano, que gere o hospital Al Amal, afirmou que os veículos blindados israelitas estão a demolir edifícios e estruturas em redor do hospital e alertou para o "perigo extremo" para as suas equipas, que não podem entrar ou sair do edifício.
"As forças israelitas, sob o comando da 98.ª Divisão iniciaram uma operação durante a noite no hospital Al Amal, na zona oeste de Khan Younis, para continuar a desmantelar a infraestrutura terrorista e eliminar os agentes terroristas na área", disse, por seu lado, o exército israelita, não referindo, contudo, o cerco ao hospital Nasser.
[Notícia atualizada às 12h18]
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