O porta-voz da polícia nigeriana, Ahmed Wakili, citado por várias publicações do país, informou que o Hospital Universitário Abubakar Tafewa Balewa registou a admissão de cinco mulheres inanimadas, tendo sido confirmada a morte de quatro delas, na sequência de uma debandada de pessoas "durante a entrega do azaqui [tributo que os muçulmanos entregam pelos seus bens, consagrando-o a deus] aos menos privilegiados pela Shafa Holding Company".
"Essa foi a principal causa da debandada", precisou o responsável da polícia, que pediu a outras pessoas ou empresas que planeiam realizar este tipo de entregas que contactem previamente as autoridades para tentar garantir a segurança neste tipo de eventos.
Sublinhou que "nos processos caritativos, sobretudo se se tratar de prestar auxílio a um grande número de pessoas, têm de informar a polícia para ajudar a ativar determinados canais, uma vez que existem procedimentos operacionais para isso".
"Nestes procedimentos, há agentes que controlam os presentes. Se tivessem sido aplicados, penso que isto não teria acontecido", declarou Wakili, que apresentou as condolências às famílias dos mortos e anunciou a abertura de um inquérito.
O incidente ocorreu cerca de um mês depois de sete pessoas terem morrido na cidade de Lagos - a mais populosa do país e a mais populosa de África - num tumulto durante uma distribuição de arroz apreendido pelos serviços aduaneiros da Nigéria.
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