"De acordo com as informações preliminares fornecidas pela Comissão Eleitoral Nacional Autónoma, o escrutínio decorreu calmamente. A UE aguarda agora o anúncio oficial dos resultados pelo Conselho Constitucional e apela a todas as partes para que respeitem o anúncio dos resultados pelos órgãos oficiais", disse um porta-voz da UE à Europa Press.
A UE considera o desenrolar pacífico das eleições um sinal das bases democráticas do Senegal e "saúda a responsabilidade dos atores políticos" em chegar a um consenso para resolver a crise que se arrasta desde fevereiro, quando o Presidente cessante, Macky Sall, adiou as eleições, afirmou.
O porta-voz apelou a que, caso haja litígio, que o façam pelos "meios legais adequados".
A eleição estava inicialmente prevista para 25 de fevereiro, mas, no dia em que abriria a campanha eleitoral, o Presidente adiou o escrutínio para dezembro, decisão anulada pelo Tribunal Constitucional, o qual determinou que as eleições se realizassem antes do final do seu mandato, no início de abril.
O anúncio do adiamento provocou distúrbios e várias semanas de confusão que puseram à prova as práticas democráticas do Senegal.
Os números preliminares das eleições de domingo dão ao candidato da oposição Bassirou Diomaye Faye, apoiado pelo líder dos dissolvidos Patriotas Africanos Senegaleses pelo Trabalho, Ética e Fraternidade (Pastef, partido ilegalizado em meados do ano passado pelo regime de Macky Sall), Osumane Sonko, 57% dos votos contra 31% do candidato do regime e antigo primeiro-ministro, Amadou Ba.
Ba já se pronunciou sobre a sua derrota e, enquanto aguarda os resultados oficiais, já felicitou Faye.
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