De acordo com fontes do Ministério das Relações Exteriores do Brasil à agência espanhola Efe, o embaixador húngaro Miklós Halmai foi recebido na segunda-feira pela secretária para a Europa e América do Norte, embaixadora Maria Luísa Escorel, mas não foram fornecidos detalhes do encontro.
Segundo o The New York Times, Bolsonaro refugiou-se na embaixada húngara em Brasília entre 12 e 14 de fevereiro, quatro dias depois da Polícia Federal ter lançado uma operação contra ele e o seu círculo íntimo por tentativa de golpe de Estado contra o Governo de Lula da Silva.
Na sequência da operação, o Supremo Tribunal Federal deteve vários dos colaboradores de confiança do ex-presidente e impôs uma série de medidas cautelares, incluindo a confiscação do passaporte de Bolsonaro para o impedir de sair do país e a proibição de ter contacto com outros investigados.
Bolsonaro tem uma boa relação com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, pelo que a sua estadia na embaixada foi vista pelos especialistas como uma espécie de "refúgio" no caso de as autoridades tentarem prendê-lo.
As imagens das câmaras de segurança obtidas pelo jornal mostram o ex-presidente brasileiro (2019-2022) nas instalações diplomáticas na companhia de dois guarda-costas, do embaixador húngaro e de diplomatas do país europeu.
Após a notícia ser divulgada, os advogados de Bolsonaro disseram que o ex-presidente brasileiro passou "dois dias hospedado" na embaixada da Hungria em Brasília, como convidado e para discutir política com autoridades húngaras, e ressaltaram que qualquer outra interpretação, como pedido de asilo, é "ficção".
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