"É grave que a candidata não possa ter sido registada", afirmou Lula da Silva, ao lado do seu homólogo francês, Emmanuel Macron, numa conferência de imprensa no Palácio do Planalto, em Brasília.
"Não tem explicação jurídica, política, proibir um adversário de ser candidato", frisou o chefe de Estado brasileiro.
Lula da Silva recordou que esteve reunido a 01 de março com o chefe de Estado venezuelano e candidato à reeleição, Nicolás Maduro, na cidade de Kingstown, em São Vicente e Granadinas, e que lhe disse que "o mais importante era restabelecer a normalidade e não ter problemas no processo eleitoral".
Também Macron afirmou que "situação é grave e piorou" na Venezuela, após Corina Yoris, uma académica de 80 anos que, até agora, nunca tinha participado na política e que não tem qualquer tipo de problemas legais, não ter conseguido registar a sua candidatura.
"Não pode ser considerado como democrático" as eleições que se avizinham, sendo agora necessário "convencer Maduro e o sistema para que reintegre todos os candidatos para haver eleições transparentes", frisou o Presidente francês.
"Espero que seja possível", insistiu.
A maior plataforma da oposição venezuelana tentou registar como sua candidata presidencial a historiadora Corina Yoris, depois de ter sido confirmada a polémica desqualificação de María Corina Machado, vencedora de primárias realizadas no ano passado, que ficou impossibilitada de concorrer a cargos públicos até 2036.
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