Os mineiros, especializados na escavação de túneis, ficaram presos a uma profundidade de 125 metros devido a um deslizamento de terras ocorrido a 18 de março numa mina de ouro na região de Amur.
Centenas de socorristas foram enviados para o local para remover os escombros e escavar túneis para tentar chegar ao ponto do desastre, mas hoje "foi tomada a decisão de parar a operação de salvamento na mina Pionnier", disse fonte da Pokrovski Roudnik, a empresa que gere o local, citada pela agência noticiosa Interfax.
Segundo a companhia, "os resultados da perfuração mostraram que as galerias onde os mineiros poderiam estar estavam cheias de rocha e água".
Esta situação colocou os socorristas e os empregados da mina envolvidos nas operações de busca dos mineiros "em perigo de vida", acrescentou a empresa.
As autoridades já tinham indicado que as operações de salvamento eram complexas devido à entrada constante de água na mina.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse aos jornalistas que "todas as medidas possíveis (...) foram tomadas" para tentar salvar os 13 mineiros soterrados.
O governador da região de Amur, Vassili Orlov, agradeceu aos socorristas por terem trabalhado "com o risco".
"Estou certo de que os especialistas fizeram tudo o que podiam", afirmou numa mensagem difundida pelas redes sociais prometendo apoio financeiro às famílias dos desaparecidos.
Os acidentes nas minas da Rússia, tal como noutros países da ex-União Soviética, continuam a ser frequentes, sobretudo por falta de manutenção e investimento em medidas de segurança.
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