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Telavive prometeu "ter em conta" preocupações dos EUA sobre Rafah

Os Estados Unidos garantiram hoje que as autoridades israelitas, com quem mantiveram uma reunião à distância, concordaram em "ter em conta" as preocupações de Washington sobre a planeada ofensiva de Israel em Rafah, no sul de Gaza.

Telavive prometeu "ter em conta" preocupações dos EUA sobre Rafah
Notícias ao Minuto

06:34 - 02/04/24 por Lusa

Mundo Israel/Palestina

Durante a conversa de duas horas com responsáveis israelitas, os Estados Unidos expressaram "a sua preocupação com vários planos de ação em Rafah", uma cidade no sul da Faixa de Gaza onde vivem 1,5 milhões de palestinianos, a maioria deslocados e cuja situação preocupa a comunidade internacional.

De acordo com um comunicado conjunto das duas equipas - nomeado Grupo Consultivo Estratégico (GCE) - divulgado pela Casa Branca (presidência norte-americana), o lado israelita concordou em ter em conta as preocupações norte-americanas e em "realizar discussões de acompanhamento" entre as autoridades dos dois países.

"As discussões de acompanhamento deverão incluir uma reunião presencial do GCE já na próxima semana", pode ler-se.

A administração liderada pelo Presidente democrata Joe Biden tem promovido alternativas ao ataque terrestre contra o Hamas que está a ser planeado pelos israelitas na cidade de Rafah. Os EUA, bem como outros países ocidentais, opõem-se a esta operação por razões humanitárias.

Biden e a sua administração têm instado durante meses, publicamente e em privado, Israel a abster-se de uma incursão em grande escala em Rafah sem um plano credível para realocar e proteger os não-combatentes.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, insistiu que as forças de Israel, que estão tentando erradicar o Hamas desde o ataque do movimento islamita palestiniano em 07 de outubro em território israelita, devem ser capazes de entrar na cidade para erradicar os batalhões restantes do grupo.

As duas partes que conversaram hoje por videoconferência descreveram a conversa como construtiva e produtiva. Washington encorajou os israelitas a evitar um ataque total à cidade. Em vez disso, a Casa Branca pressionou Israel a tomar medidas mais direcionadas para matar ou capturar líderes do Hamas, limitando ao mesmo tempo os impactos civis.

A potencial operação na cidade expôs uma das divergências mais profundas entre Israel e o seu aliado mais próximo, financiador e fornecedor de armas. Os EUA já disseram abertamente que Israel deve fazer mais para permitir que alimentos e outros bens passem pelo bloqueio de Gaza para evitar a fome.

A reunião 'online' ocorreu uma semana depois de um encontro presencial ter sido rejeitado por Netanyahu, após os EUA não terem vetaram uma resolução da ONU que pedia um cessar-fogo imediato em Gaza.

O conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, e o secretário de Estado, Antony Blinken, presidiram a reunião pelo lado americano. O lado israelita foi liderado pelo conselheiro de segurança nacional, Tzachi Hanegbi, e pelo ministro de Assuntos Estratégicos e braço-direito de Netanyahu, Ron Dermer.

Israel está atualmente envolvido numa guerra na Faixa de Gaza contra o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), depois de, em 07 de outubro, o grupo islamita palestiniano ter matado cerca de 1.200 pessoas e feito 240 reféns numa série de ataques em território israelita.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) responderam a esses ataques do Hamas com uma campanha militar sangrenta na Faixa de Gaza, que causou até agora a morte de mais de 32.800 palestinianos, na sua maioria mulheres e crianças, e mais de 75.000 feridos.

Leia Também: Reunião virtual entre Telavive e Washington sobre ofensiva contra Rafah

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