O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), uma ONG sediada no Reino Unido, mas que conta com uma vasta rede de informadores no país, afirmou que o ataque vitimou oito iranianos, dois sírios e um libanês.
Num balanço inicial, o OSDH tinha referido oito mortos.
O ataque aéreo matou dois generais da Guarda Revolucionária iraniana e cinco outros militares iranianos, disseram autoridades de Teerão e Damasco.
"O inimigo israelita lançou ataques aéreos a partir do Golã sírio ocupado, visando o consulado iraniano em Damasco", disse o Ministério da Defesa da Síria.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Hossein Amir-Abdollahian, disse que convocou o encarregado de negócios da Suíça em Teerão, que representa os interesses dos Estados Unidos no país.
"Uma mensagem importante foi enviada ao governo norte-americano, uma vez que apoia a entidade sionista [expressão usada para Israel]. A América deve assumir as suas responsabilidades", sublinhou o ministro, citado pela agência de notícias iraniana Irna, apelando ainda "à comunidade internacional" para que dê "uma resposta séria" aos ataques israelitas.
O Conselho de Segurança da ONU vai reunir-se durante o dia para discutir o ataque, disse o embaixador da Rússia junto da ONU, Dmitry Polyansky, pedido já aceite, escreveu o diplomata na rede social X (antigo Twitter).
Questionado na noite de segunda-feira sobre o ataque durante uma conferência de imprensa, o porta-voz do exército de Israel, contra-almirante Daniel Hagari, respondeu que "não comenta informações da imprensa estrangeira".
A ação indica uma escalada das ofensivas de Israel contra oficiais militares iranianos e aliados na Síria, que já se tinham intensificado depois do ataque de 07 de outubro em solo israelita do movimento islamita palestiniano Hamas.
Os confrontos também aumentaram desde então entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah, também apoiado por Teerão, ao longo da fronteira norte de Israel com o Líbano.
A ofensiva de Israel começou depois de 07 de outubro, quando comandos do Hamas mataram cerca de 1.200 pessoas e fizeram perto de 250 reféns numa série de ataques em território israelita.
A campanha militar israelita na Faixa de Gaza já causou a morte de mais de 32.800 palestinianos e mais de 75 mil ficaram feridos, de acordo com o Hamas.
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