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Estónia apoia candidatura de Mark Rutte à liderança da NATO

A primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, anunciou hoje que apoia a candidatura do homólogo neerlandês, Mark Rutte, à sucessão do atual secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Jens Stoltenberg.

Estónia apoia candidatura de Mark Rutte à liderança da NATO
Notícias ao Minuto

17:40 - 02/04/24 por Lusa

Mundo NATO

"Para conseguirmos uma NATO forte, temos de estar atentos à Rússia, aumentar as despesas com a dissuasão e a defesa, apoiar a adesão da Ucrânia e o equilíbrio geográfico", afirmou a líder báltica na rede social X.

Kallas afirmou que, após discussões "aprofundadas" com Rutte, este se comprometeu com as mesmas prioridades, tendo declarado que "pode apoiá-lo como secretário-geral da NATO".

Desta forma, Kallas pôs fim aos rumores que apontavam para a sua possível candidatura ao cargo, para o qual Rutte é o favorito por ter o apoio de uma maioria "esmagadora" dos Estados-membros, segundo fontes aliadas, incluindo países como Espanha e Estados Unidos.

No entanto, as fontes também reconhecem que a entrada em cena do Presidente romeno, Klaus Iohannis, "complicou" o consenso necessário que os aliados precisam para designar um sucessor, uma vez que este último conta com o apoio da Hungria, o que poderia atrasar o processo.

Por esta razão, as fontes não excluem a possibilidade de um terceiro candidato de consenso entrar em cena dentro de alguns meses, se o impasse continuar a impedir que se chegue a um acordo.

Sobre o mesmo tema, o 'site' Politico refere hoje que o apoio de Kallas é uma grande vitória para Rutte, que tem lutado para obter apoio para além da Europa Ocidental e da América do Norte.

A NATO, declarada "cerebralmente morta" pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, em 2019, recuperou importância na sequência da invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022, acolhendo dois novos membros - Suécia e Finlândia - nos últimos meses.

Atualmente, a aliança é composta por 32 países.

No entanto, um potencial regresso à Casa Branca nas eleições norte-americanas de novembro do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, cético em relação à NATO, levantou receios na Europa de que Washington possa desvincular-se da aliança militar e da segurança da Europa.

O caminho de Rutte para o cargo tornou-se mais claro, acrescentou o Politico, quando um dos seus rivais, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Letónia, Krisjanis Karins, teve de se demitir do Governo devido a um escândalo financeiro.

No fim de semana, o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, explicou as suas condições para apoiar a candidatura de Rutte, que incluem ter em conta as "sensibilidades" dos países terceiros. 

A Hungria opõe-se atualmente à candidatura do líder neerlandês.

Leia Também: NATO converge em Bruxelas em estreia da Suécia e de Paulo Rangel

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