De acordo com os dados que avaliam a semana epidemiológica entre 17 e 23 de março, registaram-se 2.856 casos de dengue sem sinais de alerta, 343 casos da doença com sinais de alerta e 16 casos graves.
Duas mortes verificaram-se na região metropolitana do Panamá, duas na província vizinha de Colon, localizada na costa das Caraíbas, e as restantes nas províncias de Cocle, Chiriqui e Panamá Oriental.
O Ministério da Saúde (Minsa) recordou, em comunicado, a importância de manter as casas e o ambiente de trabalho limpos, observar as redes mosquiteiras, as janelas e olhar para debaixo dos lavatórios, uma vez que são os locais onde podem existir criadouros do mosquito transmissor.
Em 2023 registaram-se no Panamá 18 mortes por dengue e 16.546 casos da doença, acima das quatro mortes e 8.349 casos confirmados no ano anterior.
Em dezembro, a chefe nacional de epidemiologia do Minsa, Lourdes Moreno, afirmou que o Panamá estava a enfrentar uma epidemia de dengue, pormenorizando que todos os quatro seropositivos de dengue existentes estavam a circular no país.
Em 28 de março, a OPAS alertou que se espera que esta seja a pior temporada de dengue na história do continente americano, uma situação que se deve em grande parte a um aumento global das temperaturas e a fenómenos meteorológicos extremos.
A agência de saúde apelou a todos os países para que apoiem os esforços de prevenção e intensifiquem a eliminação dos locais de reprodução, a principal medida para evitar a propagação da dengue, uma vez que as vacinas estão numa fase muito inicial e ainda não são um método eficaz para prevenir a doença.
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