Em 27 de junho de 2023, um míssil balístico russo matou 13 pessoas - incluindo quatro crianças e a escritora Victoria Amelina - e feriu 64 outras num restaurante de Kramatorsk, o "Ria Pizza", popular entre os militares.
"Um homem local foi condenado a prisão perpétua por ter orientado o ataque com mísseis contra os ocupantes de uma pizzaria de Kramatorsk", declarou o Ministério Público num comunicado.
O homem, cuja identidade não foi revelada, foi "recrutado" pela Rússia e condenado por "alta traição", disse a fonte.
A sua tarefa consistia em confirmar "a presença de militares ucranianos" no restaurante. Para o efeito, "gravou dois vídeos que enviou imediatamente ao seu interlocutor" através da aplicação de mensagens Telegram, segundo o Ministério Público.
Alguns dias após o ataque, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, falou da detenção de um homem, descrevendo-o como "a pessoa que coordenou este ataque terrorista".
Não foi possível esclarecer hoje se se trata do mesmo indivíduo.
Desde a invasão russa, há dois anos, a Ucrânia tem procurado levar a tribunal todos os que colaboraram com as forças russas, nomeadamente nos territórios ocupados durante algum tempo por Moscovo e depois recapturados pelas tropas de Kyiv.
No início do ano, a Procuradoria-Geral da República tinha registado mais de 7.000 casos de colaboração e milhares de outros sob acusações semelhantes.
Em dezembro de 2023, já tinham sido proferidas 941 sentenças na Ucrânia em casos de colaboração, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
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