Biden "frustrado", pede acordo a Netanyahu (e fala em quadro inaceitável)

Biden e Netanyahu falaram sobre a crise no Médio Oriente, e os Estados Unidos reforçaram que as medidas tomadas por Telavive são "insuficientes" e que é necessário que haja algo mais "concreto".

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© Chip Somodevilla/Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
04/04/2024 19:36 ‧ 04/04/2024 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Israel/Palestina

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, falaram, esta quinta-feira, pela primeira vez desde que um ataque matou sete funcionários de ajuda humanitária.

Estas mortes foram tema de conversa entre os dois responsáveis e, de acordo com um comunicado da Casa Branca, Biden sublinhou que a situação em termos humanitários era "inaceitável".

Washington terá deixado ainda um aviso a Telavive para que sejam tomadas medidas "concretas" para resolver a questão que está a ter impacto nos civis e na segurança dos funcionários de organizações.

"[Biden] Sublinhou que um cessar-fogo imediato é essencial para estabilizar e melhorar a situação humanitária e proteger civis inocentes, e exortou o primeiro-ministro a dar poderes aos seus negociadores para concluírem sem demora um acordo para trazer os reféns para casa", lê-se no comunicado.

Gaza. Funcionários de ajuda humanitária mortos após entrega de alimentos

Gaza. Funcionários de ajuda humanitária mortos após entrega de alimentos

As autoridades médicas de Gaza afirmaram que um aparente ataque aéreo israelita matou quatro trabalhadores internacionais da organização humanitária World Central Kitchen e o motorista palestiniano depois de terem ajudado a entregar alimentos.

Lusa | 00:01 - 02/04/2024

Em conferência de imprensa, também o secretário de Estado dos Estados Unidos falou sobre a situação, nomeadamente, sobre os funcionários que morreram. "O ataque terrível com o World Central Kitchen [de onde eram os funcionários] não foi o primeiro incidente deste género. Mas deverá ser o último", afirmou, citado pela imprensa.

A nota acima citada apontava ainda que as políticas norte-americanas em relação a Gaza seriam "determinadas pela avaliação da ação imediata de Israel em relação" às medidas que Telavive tomar. Blinken foi questionado sobre essa questão, mas não deu detalhes, garantindo apenas: "Se não virmos mudanças que precisamos ver, haverá mudança nas políticas".

O responsável norte-americano reforçou ainda que apesar de Israel ter tomado medidas para "que ajuda humanitária entrasse em Gaza", os resultados no terreno são "lamentavelmente insuficientes e inaceitáveis".

Os dois líderes falaram ainda sobre o Irão, e as ameaças públicas a Telavive, que levaram o país a ficar em alerta máximo. Segundo a nota da Casa Branca, Biden deixou claro que os Estados Unidos apoiam Israel face a essas ameaças.

Também o porta-voz da Casa Branca, John Kirby, falou sobre a chamada entre Biden e Netanyahu, referindo que esta durou cerca de meia-hora. Questionado acerca de uma eventual frustração por parte de Biden, devido às mensagens dos EUA não terem sido 'recebidas' por Netanyahu, o responsável respondeu: "Sim, tem havido uma frustração crescente".

A Casa Branca afirmou que os Estados Unidos não tencionam realizar a sua própria investigação, mas instaram Israel a que faça mais para impedir que civis inocentes e trabalhadores humanitários sejam mortos e feridos durante as suas operações na Faixa de Gaza.

Leia Também: Jill Biden fez apelo ao marido sobre a guerra em Gaza: "Acaba com isto"

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