"A decisão do chefe do Estado-Maior de demitir oficiais superiores equivale a abandonar as tropas no meio de uma guerra", censurou Ben Gvir numa mensagem publicada na sua conta oficial na rede social X.
O ministro, que integra o governo de coligação liderado por Benjamin Netanyahu, insistiu que esta decisão é "um erro grave" e "transmite fraqueza".
Defendeu ainda que, apesar dos "erros de identificação" que podem ser cometidos no decurso de uma guerra, "os soldados são apoiados" e "não julgados num tribunal".
O Exército israelita anunciou hoje a demissão de dois oficiais e repreensões a outros três, incluindo o chefe de operações do Comando Sul, pelo ataque à caravana de veículos da organização humanitária World Central Kitchen (WCK), que matou sete dos seus membros na passada segunda-feira.
Segundo o Exército israelita, o ataque deveu-se a "erro graves" dos militares, ao acreditarem que dois milicianos armados do movimento islamita Hamas estavam integrados na caravana humanitária.
Por seu lado, a organização fundada pelo 'chef' espanhol José Andrés afirmou que as conclusões da investigação israelita "oferecem pouco consolo às famílias das vítimas e à família global da WCK" e exigiu que sejam tomadas melhores e maiores medidas para garantir a segurança dos trabalhadores humanitários.
A organização não-governamental (ONG) pediu ainda a criação de uma comissão de inquérito independente.
A morte dos funcionários da WCK, que presta ajuda alimentar na Faixa de Gaza, gerou uma consternação generalizada, e a União Europeia, Estados Unidos e dezenas de países exigiram
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explicações de Telavive.