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Piores cheias em décadas no Cazaquistão e Rússia afetam milhares

Mais de 100.000 pessoas no Cazaquistão e na Rússia tiveram de abandonar os locais em que residem para fugir às piores cheias das últimas décadas na região, disseram hoje as autoridades dos dois países.

Notícias ao Minuto

10:45 - 10/04/24 por Lusa

Mundo Rússia

As inundações, que ainda não atingiram o pico em várias regiões, foram causadas por fortes chuvas combinadas com o aumento das temperaturas, o aumento do degelo e a quebra do gelo de inverno que cobre rios e riachos.

Não foi estabelecida qualquer relação com as alterações climáticas, mas os cientistas acreditam que o aquecimento global está a contribuir para fenómenos meteorológicos extremos, como a precipitação intensa, segundo a agência francesa AFP.

A grande maioria das regiões evacuadas situa-se no Cazaquistão, a oeste e a norte do país, na fronteira com a Rússia, situada a norte.

"Desde o início das inundações, foram socorridas 96.472 pessoas", disse o Ministério das Situações de Emergência do Cazaquistão num novo relatório.

Mais de 24.000 membros dos ministérios das Situações de Emergência, do Interior, da Defesa e dos Serviços Secretos estão envolvidos nas operações de salvamento, bem como milhares de voluntários civis.

Do lado russo, em Orenburg, o nível da água atingiu 9,78 metros hoje de manhã, segundo o centro meteorológico da cidade, depois de ter ultrapassado "o limiar crítico" de 9,30 m na terça-feira à noite.

De acordo com as previsões dos especialistas, a água, que subiu 81 centímetros nas últimas 24 horas, deverá subir hoje mais 30 a 70 cm.

As autoridades reiteraram o apelo às pessoas que vivem na zona das cheias para "abandonarem as casas com urgência".

Cerca de 13.000 casas foram inundadas na região de Orenburg e mais de 7.700 pessoas foram transferidas para locais seguros, de acordo com as autoridades regionais.

Em Orsk, a segunda maior cidade da região, onde uma barragem rebentou no final da semana passada sob a pressão das águas das cheias, o nível do rio Ural desceu 29 cm, segundo a câmara municipal.

Na véspera, os habitantes tinham-se reunido para pedir contas às autoridades, apesar das ameaças do Ministério Público regional contra qualquer manifestação ilegal.

O governador de Kurgan, a nordeste de Orsk, Vadim Shumkov, disse hoje que foram criados centro de alojamento temporário na região russa para alojar mais de 30 mil pessoas, segundo a agência oficial TASS.

Leia Também: Orsk. Mais de mil pessoas desalojadas na cidade russa devido a inundações

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