Biden elogia parceria "florescente" e "indestrutível" com Japão

O Presidente norte-americano, Joe Biden, recebeu hoje na Casa Branca o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, e elogiou a parceria "florescente" e "indestrutível" entre os dois países.

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Lusa
10/04/2024 17:30 ‧ 10/04/2024 por Lusa

Mundo

Diplomacia

Depois de ouvidos os hinos nacionais e do passar em revista as tropas com o seu convidado, caracterizado por Biden como um dirigente "visionário e corajoso", o Presidente norte-americano recorreu a uma comparação envolvendo flores para caracterizar as relações entre Washington e Tóquio.

Em 1912, o presidente da câmara de Tóquio ofereceu à cidade de Washington vários milhares de cerejeiras, cuja floração atrai anualmente turistas à capital federal norte-americana.

"Tal como a nossa amizade, estas árvores são intemporais, inspiradoras e florescentes", afirmou Joe Biden, tendo o governante japonês dado continuidade ao tema floral e anunciou a doação de mais 250 árvores para assinalar, em 2026, o 280.º aniversário da fundação dos Estados Unidos.

Fumio Kishida, que iniciou hoje uma visita de dois dias aos Estados Unidos, declarou que, tal como uma cerejeira em flor, a parceria entre os dois países "continuará a crescer e a reforçar-se".

A primeira-dama norte-americana, Jill Biden, e a mulher do primeiro-ministro nipónico, Yuko Kishida, também estiveram presentes na cerimónia de boas-vindas, a que se seguirá uma reunião de trabalho e uma conferência de imprensa conjunta, antes de um jantar de gala.

O primeiro-ministro nipónico, de 66 anos, é o primeiro líder japonês a receber as honras de uma visita de Estado em Washington desde Shinzo Abe, em 2015, o que demonstra a importância dada por Biden ao reforço das alianças face a países como a China, a Rússia, a Coreia do Norte e o Irão.

"Este é um encontro excecional e histórico", disse à imprensa um alto funcionário da administração norte-americana antes da visita do governante nipónico.

De acordo com o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, os governantes vão "anunciar medidas para reforçar a cooperação em matéria de segurança, a fim de permitir uma maior coordenação e integração das forças armadas".

Espera-se que os líderes revelem planos para reestruturar o comando militar dos Estados Unidos no Japão, que conta com 54.000 efetivos, no que será o reforço mais significativo da parceria de defesa entre os dois países desde a década de 1960.

Os dois países poderão também chegar a acordo sobre a possibilidade de os navios militares norte-americanos efetuarem reparações em estaleiros privados no Japão e sobre a produção conjunta de equipamento militar, de acordo com vários meios de comunicação social.

Para o jantar de gala, hoje previsto, a Casa Branca será decorada com ramos de cerejeiras em flor, estando agendada uma atuação do músico Paul Simon.

Na quinta-feira, Fumio Kishida deverá dirigir-se às duas câmaras do Congresso norte-americano antes de ser novamente recebido por Joe Biden, ao lado do Presidente filipino Ferdinand Marcos (filho e homónimo do antigo ditador).

No mesmo dia, o Presidente norte-americano será o anfitrião da primeira cimeira trilateral entre o Japão, as Filipinas e os Estados Unidos.

A eventual sombra desta visita relaciona-se com a controvérsia sobre a anunciada aquisição do gigante norte-americano do aço US Steel pela empresa japonesa Nippon Steel, negócio que conta com a oposição pública de Biden.

Leia Também: Biden diz que EUA "consideram" desistir de acusações contra Assange

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