EUA restringem movimentos aos diplomatas em Israel por segurança

Os Estados Unidos revelaram quinta-feira que estão a restringir os movimentos da sua equipa diplomática em Israel por questões de segurança, num momento em que há receio de represálias pelo Irão devido ao ataque atribuído aos israelitas na Síria.

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© EMILY GLICK/Middle East Images/AFP via Getty Images

Lusa
12/04/2024 06:53 ‧ 12/04/2024 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

"Como medida de precaução, os funcionários do governo dos EUA e os seus familiares não estão autorizados a viajar para fora das áreas de Telavive, Jerusalém e Beersheba até novo aviso", pode ler-se num aviso emitido pela Embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém.

O pessoal do Governo dos EUA está, no entanto, autorizado "a transitar entre estas três áreas para viagens pessoais", de acordo com o aviso.

A embaixada dos EUA não deu qualquer explicação para o aviso, que surge mais de seis meses após o início da guerra em Gaza, mas sublinhou que "o ambiente de segurança continua complexo e pode evoluir rapidamente dependendo da situação política e dos recentes eventos".

Teerão voltou a ameaçar esta quarta-feira punir Israel depois de um ataque atribuído a Israel, que ocorreu em 01 de abril, contra o consulado iraniano em Damasco e que causou 16 mortos, incluindo sete membros do Corpo da Guarda Revolucionária, o Exército ideológico da República Islâmica, segundo uma ONG.

O Presidente dos EUA Joe Biden prometeu apoio inabalável ao seu aliado, Israel, enquanto o líder supremo do Irão, o 'ayatollah' Ali Khamenei, alertou que Israel "deve e será punido".

"Se o Irão realizar um ataque a partir do seu território, Israel responderá e atacará o Irão", assegurou o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz.

Também hoje o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, instou os homólogos chinês, turco e saudita a dissuadirem o Irão contra qualquer ataque a Israel.

"Ninguém tem interesse numa escalada" na região e "todos os países devem exortar o Irão a não empreender uma escalada", realçou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em declarações aos jornalistas.

Além de conversar com os chefes da diplomacia chinês, turco e saudita, Blinken também falou ao telefone com o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, "para reiterar o forte apoio [dos EUA] a Israel perante as ameaças [do Irão]", sublinhou Miller.

Desde o início da guerra devastadora em Gaza, há seis meses, os Estados Unidos e a comunidade internacional continuam a temer uma grande expansão do conflito entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas.

O conflito em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeado por um ataque realizado em outubro do ano passado pelo movimento islamita palestiniano.

Nesse dia, 1.140 pessoas foram mortas, na sua maioria, civis, e sequestradas cerca de 240 pessoas, das quais uma grande parte continua na Faixa de Gaza.

Em retaliação, Israel, que prometeu destruir o movimento islamita palestiniano, tem bombardeado a Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local liderado pelo Hamas, já foram mortas mais de 30.000 pessoas, também maioritariamente civis.

Leia Também: Israel: Oficial militar dos EUA em Telavive para discutir ameaças do Irão

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