Teerão voltou a ameaçar esta quarta-feira punir Israel depois de um ataque atribuído a Israel, que ocorreu em 01 de abril, contra o consulado iraniano em Damasco e que causou 16 mortos, incluindo sete membros do Corpo da Guarda Revolucionária, o Exército ideológico da República Islâmica, segundo uma ONG.
Espera-se que o general Michael Erik Kurilla se reúna em Israel com "importantes líderes do (Exército israelita) e discuta as atuais ameaças à segurança na região", revelou o porta-voz do Pentágono, Pat Ryder, em declarações aos jornalistas.
Segundo o porta-voz do Pentágono, esta visita estava planeada antes da mais recente tensão com o Irão, mas foi antecipada "devido aos recentes desenvolvimentos".
O Presidente dos EUA Joe Biden prometeu apoio inabalável ao seu aliado, Israel, enquanto o líder supremo do Irão, o 'ayatollah' Ali Khamenei, alertou que Israel "deve e será punido".
"Se o Irão realizar um ataque a partir do seu território, Israel responderá e atacará o Irão", assegurou o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz.
Também hoje o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, instou os homólogos chinês, turco e saudita a dissuadirem o Irão contra qualquer ataque a Israel.
"Ninguém tem interesse numa escalada" na região e "todos os países devem exortar o Irão a não empreender uma escalada", realçou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em declarações aos jornalistas.
Além de conversar com os chefes da diplomacia chinês, turco e saudita, Blinken também falou ao telefone com o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, "para reiterar o forte apoio [dos EUA] a Israel perante as ameaças [do Irão]", sublinhou Miller.
Desde o início da guerra devastadora em Gaza, há seis meses, os Estados Unidos e a comunidade internacional continuam a temer uma grande expansão do conflito entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas.
As tensões no Médio Oriente escalaram devido ao conflito em curso entre Israel e o Hamas, que foi desencadeado por um ataque realizado em outubro do ano passado pelo movimento islamita palestiniano.
Nesse dia, 1.140 pessoas foram mortas, na sua maioria, civis, e sequestradas cerca de 240 pessoas, das quais uma grande parte continua na Faixa de Gaza.
Em retaliação, Israel, que prometeu destruir o movimento islamita palestiniano, tem bombardeado a Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local liderado pelo Hamas, já foram mortas mais de 30.000 pessoas, também maioritariamente civis.
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