O Irão apreendeu hoje um navio porta-contentores perto do Estreito de Ormuz, uma das rotas marítimas mais movimentadas. No entanto, as autoridades iranianas não disseram se esta operação estava ligada às suas recentes ameaças de retaliação após o ataque mortal ao consulado iraniano em Damasco, no início de abril, que foi atribuído a Israel.
Numa nota enviada à comunicação social, a Casa Branca anunciou que o presidente norte-americano tinha regressado esta tarde "para consultar a sua equipa de segurança nacional sobre os acontecimentos no Médio Oriente".
"Condenamos veementemente o ato do Irão de apreender o navio MSC Aires, de propriedade britânica e bandeira portuguesa, em águas internacionais", refere a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson, citada no comunicado.
Adrienne Watson apelou a que o Irão "liberte imediatamente este navio e a sua tripulação, composta por indianos, filipinos, paquistaneses, russos e estónios".
A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional salientou que "a captura de um navio civil sem provocação prévia é uma violação flagrante do direito internacional", classificando como "ato de pirataria" a ação levada a cabo pela Guarda da Revolução Islâmica, que está classificada como terrorista pelos Estados Unidos.
Cerca de 25 membros da tripulação estão a bordo do navio porta-contentores MSC Aries, que foi apreendido pelas forças marítimas especiais dos Guardas da Revolução Iraniana, o exército ideológico da República Islâmica, de acordo com o armador ítalo-suíço MSC.
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