A polícia australiana revelou, esta segunda-feira, que Joel Cauchi, que esfaqueou mortalmente seis pessoas num centro comercial em Sydney, na Austrália, no sábado, poderá ter tido como alvo mulheres.
De acordo com a comissária de polícia de Nova Gales do Sul, Karen Webb, em declarações à ABC Breakfast News, embora a polícia ainda não saiba a motivação do atacante, o facto de ele parecer ter como alvo as mulheres é "certamente uma linha de investigação".
"Os vídeos (do ataque) falam por si, não é? É óbvio para mim, é óbvio para os investigadores que essa parece ser uma área de interesse e que o agressor se concentrou nas mulheres e evitou os homens", acrescentou.
De acordo com a ministra da Polícia de Nova Gales do Sul, Yasmin Catley, citada pela CNN Internacional, mais de 100 provas já foram retiradas do local e vão ser examinadas forenses como parte da investigação.
Recorde-se que, entre as seis pessoas mortas à facada por Joel Cauchi, de 40 anos, encontram-se cinco mulheres e um homem, que já foram identificados.
Doze outras pessoas ficaram feridas no ataque, incluindo um bebé de nove meses cuja mãe foi morta. Oito pessoas continuam hospitalizadas, em condições que vão de críticas a estáveis, tendo quatro delas recebido alta nas últimas 24 horas, revelou com o ministro da Saúde de Nova Gales do Sul, Ryan Park.
O atacante, Joel Cauchi, acabou abatido a tiro pelas autoridades, o que evitou mais vítimas. Segundo as autoridades, o homem tinha-se mudado para Nova Gales do Sul apenas um mês antes do ataque e não tinha morada fixa em Sydney.
Joel já tinha tentado aceder a armas anteriormente e tinha-se anunciado, em publicações nas redes sociais, como acompanhante masculino. O homem também tinha sido diagnosticado com doença mental aos 17 anos e tinha vindo a recebido tratamento ao longo dos anos.
O primeiro-ministro de Nova Gales do Sul, Chris Minns, declarou dia de luto, esta segunda-feira, pelas vítimas do ataque e ordenou que as bandeiras fossem colocadas a meia haste em edifícios governamentais. A Ópera de Sydney será iluminada com uma fita preta.
"As famílias estão de luto hoje, vidas foram devastadas como resultado destas ações criminosas. As pessoas que foram mortas era pessoas inocentes que tinham a vida inteira pela frente. A comunidade está devastada ao saber de sua perda", afirmou.
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