Base militar iraquiana alvo de bombardeamento. Há pelo menos um morto

Uma base militar no centro do Iraque, com tropas do Exército e antigos paramilitares pró-Irão de Hachd al-Chaabi, integrados nas forças regulares, foi hoje alvo de um bombardeamento que causou pelo menos um morto, adiantaram duas fontes de segurança.

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Lusa
20/04/2024 00:24 ‧ 20/04/2024 por Lusa

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Iraque

Um oficial militar e uma autoridade do Ministério do Interior iraquiano não conseguiram identificar os responsáveis por este bombardeamento aéreo, que teve como alvo a base de Calso, na província da Babilónia, noticiou a agência France-Presse (AFP).

Estas fontes também não conseguiram confirmar imediatamente se o ataque foi executado por 'drones' [aparelhos voadores não tripulados].

A autoridade do Ministério do Interior relatou que o ataque provocou "um morto e oito feridos" entre as forças da base militar.

Por sua vez, o oficial militar relatou três feridos entre militares iraquianos.

"Há explosões nos armazéns que albergam os equipamentos devido aos bombardeamentos", frisou esta fonte, que falou sob a condição de anonimato.

"Um incêndio ainda assola algumas áreas e a busca pelos feridos continua", acrescentou.

A fonte do Ministério do Interior garantiu que o atentado teve como alvo a Direção de Veículos Blindados de Hachd al-Chaabi. "A explosão afetou equipamentos, armas, veículos", detalhou.

Fontes de segurança iraquianas citadas pela agência Efe referiram que o ataque ocorreu na base de Calsu, cerca de 80 quilómetros a sul da capital iraquiana, que acolhe combatentes das Forças de Mobilização Popular do Iraque, bem como militares e polícias iraquianos.

As tensões no Médio Oriente continuam a escalar, na sequência da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, desencadeada pelo ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano a território israelita em 07 de outubro.

Segundo a comunicação social norte-americana, Israel lançou na madrugada de sexta-feira vários mísseis contra a província iraniana de Isfahan.

Mas o Irão negou o ataque: primeiro, disse que a defesa antiaérea tinha derrubado vários 'drones' e, depois, que tinham sido "vários objetos voadores" em Isfahan, onde se situam as instalações nucleares do país.

Entretanto, fontes anónimas citadas pelo diário Jerusalem Post afirmaram que o ataque de hoje deve ser interpretado como um aviso a Teerão sobre as capacidades ofensivas israelitas e como um sinal de que Israel não pretende uma guerra regional.

A ofensiva das forças israelitas é uma resposta ao ataque iraniano de 13 de abril a Israel, com cerca de 300 mísseis e 'drones' (aeronaves não-tripuladas), 99% dos quais foram intercetados pela defesa antiaérea do país, segundo as autoridades israelitas.

Teerão por sua vez, retaliou contra o ataque mortal israelita ao consulado iraniano em Damasco, na Síria, no início do mês.

Hashd al-Shaabi é parte integrante do aparelho de segurança oficial iraquiano colocado sob a autoridade do primeiro-ministro. Mas esta instituição reúne várias fações armadas pró-Irão, algumas das quais também realizaram ataques, no Iraque e na Síria, contra soldados norte-americanos destacados como parte de uma coligação internacional antijihadista.

Leia Também: Iraque detetou passagem de "objetos estranhos" em direção ao Irão

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