EUA acusam Coreia do Norte de violar resoluções da ONU

O chefe do Comando Espacial dos Estados Unidos, general Stephen Whiting, acusou hoje a Coreia do Norte de violar resoluções da ONU com o lançamento de satélites espiões e testes balísticos.

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© Anna Moneymaker/Getty Images

Lusa
24/04/2024 15:03 ‧ 24/04/2024 por Lusa

Mundo

ONU

Whiting afirmou que Pyongyang está a preparar um segundo lançamento, após o sucesso da colocação em órbita de um engenho espacial em novembro passado.

"Estamos a acompanhar de perto os progressos da Coreia do Norte no desenvolvimento e no avanço das suas aspirações espaciais", afirmou, após uma deslocação de dois dias à Coreia do Sul.

Whithing, que viajou entretanto para o Japão, manteve conversações com responsáveis sul-coreanos sobre as capacidades balísticas da Coreia do Norte.

Durante uma conferência de imprensa virtual, denunciou igualmente os lançamentos de mísseis balísticos intercontinentais por Pyongyang, segundo a agência espanhola Europa Press.

Whithing afirmou que as resoluções da ONU proíbem expressamente a utilização de mísseis balísticos intercontinentais e apelou para que a Coreia do Norte pare com os lançamentos.

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, supervisionou na segunda-feira um exercício militar que simulou um "contra-ataque nuclear".

O recrudescimento dos testes de Pyongyang seguiu-se à dissolução do sistema de monitorização de sanções da ONU contra a Coreia do Norte e do seu programa nuclear, devido ao veto da Rússia no Conselho de Segurança.

No início de abril, a Coreia do Norte afirmou ter testado um novo míssil hipersónico de combustível sólido com alcance médio a longo.

Desde o início do ano, a Coreia do Norte definiu a Coreia do Sul como o "principal inimigo".

Pyongyang encerrou as agências dedicadas à reunificação e ao diálogo entre as duas Coreias e ameaçou entrar em guerra por qualquer violação do território norte-coreano.

A península da Coreia, no nordeste da Ásia, está dividida entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul, que travaram uma guerra entre 1950 e 1953.

Pyongyang e Seul continuam tecnicamente em guerra, dado que nunca assinaram um acordo de paz, embora um armistício tenha permitido cessar os combates.

Em mais de 75 anos, a República Popular Democrática da Coreia (Norte) teve apenas três líderes: o fundador do regime, Kim Il-sung, a quem sucedeu o filho Kim Jong-il e, desde 2012, o neto Kim Jong-un.

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