"É uma das coisas com que o Presidente Joe Biden e o Presidente Xi Jinping concordaram durante o encontro no ano passado em São Francisco: temos de encontrar formas de tornar as nossas relações tão estáveis quanto possível", disse Blinken, durante a reunião com líderes empresariais.
Segundo o comunicado emitido pelo Departamento de Estado norte-americano, Blinken acrescentou: "Temos de nos certificar de que a relação está a funcionar da forma que deve funcionar para benefício mútuo".
"É importante que saibamos o que está a funcionar e o que não está, e também que possamos refletir quaisquer preocupações que tenhamos", disse Blinken em declarações proferidas antes do início da reunião com os líderes empresariais.
O diplomata encontrou-se também hoje com o Secretário do Partido Comunista Chinês em Xangai, Chen Jining, que sublinhou a importância da cooperação entre os dois países para o "bem-estar dos dois povos" e para o "futuro da humanidade".
"A relação nem sempre foi tranquila, houve altos e baixos, mas, em geral, progrediu e avançou com o desenvolvimento da História", apontou o secretário do Partido Comunista em Xangai, segundo um comunicado emitido pelo Departamento de Estado norte-americano.
Referindo-se à cimeira em São Francisco e à recente conversa por telefone entre os líderes dos dois países, o político chinês sublinhou que estes encontros "constituem uma base muito importante para reforçar ainda mais os laços bilaterais".
Blinken elogiou a evolução de Xangai como "centro económico e comercial" e sublinhou a importância do "envolvimento direto e contínuo" entre as duas nações.
"Temos uma obrigação para com o nosso povo e, de facto, uma obrigação para com o mundo, de gerir a relação entre os nossos dois países de forma responsável", afirmou o Secretário de Estado norte-americano.
A viagem ocorre após uma sequência de vitórias políticas para o chefe da diplomacia norte-americana em áreas de contenção entre Washington e Pequim, incluindo a aprovação pelo Senado de um pacote de ajuda externa que vai fornecer milhares de milhões de dólares em assistência à Ucrânia, Israel e Taiwan, bem como forçar a empresa-mãe do TikTok, sediada na China, a vender a plataforma de vídeos curtos.
Ainda assim, o facto de Blinken fazer a viagem é visto por analistas como um sinal de que as duas partes estão dispostas a discutir as suas diferenças.
O projeto de lei reserva oito mil milhões de dólares em apoio militar a Taiwan e outras medidas para travar a influência da China no Indo-Pacífico e dá à empresa chinesa ByteDance nove meses para vender o TikTok, com possível prorrogação de três meses se a venda estiver em curso.
Blinken chegou a Xangai na quarta-feira para se encontrar com funcionários e empresários locais antes de viajar para Pequim na sexta-feira.
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