Moçambique reduz mortes por malária em 2023 e arranca vacinação em junho

Um total de 356 pessoas morreram vítimas da malária em Moçambique em 2023, uma redução em 16% de óbitos comparado a 2022, anunciou hoje o ministro da Saúde, assinalando o início da vacinação contra a doença para junho.

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Lusa
25/04/2024 15:17 ‧ 25/04/2024 por Lusa

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Malária

"A nossa felicidade está no facto de termos notado uma diminuição do número de óbitos inter-hospitalares [causados pela malária, comparado a 2022] em que registamos 423 óbitos e em 2023 registamos 356, esta é uma redução em 16%", disse Armindo Tiago, ministro da Saúde de Moçambique, durante cerimónia que assinala o Dia Mundial de Combate a Malária, em Maputo.

Segundo o governante moçambicano, o país registou um aumento do número de casos da malária em 2023, com cerca de 13,2 milhões de casos, comparado a 2022 em que foram notificados 12,4 milhões de doentes.

Assinalando a introdução da vacina contra a malária no país, Armindo Tiago apontou as alterações climáticas, condições inadequadas de saneamento do meio e falta de meios de prevenção como alguns dos elementos que "determinam o maior impacto da doença" em Moçambique.

"Esperamos que se tudo correr bem em junho nós possamos introduzir pela primeira vez a vacina da malária no nosso país", referiu o ministro da Saúde moçambicano.

Moçambique prevê introduzir no segundo semestre de 2024 a nova vacina contra a malária, imunizando 600 mil crianças, disse, em entrevista à Lusa, esta semana, o diretor do Programa Nacional do Controlo da Malária, Baltazar Candrinho.

O responsável acrescentou que será utilizada a R21/Matrix-M, segunda vacina contra a malária para crianças, desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, e aprovada em outubro do ano passado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A vacina a utilizar em Moçambique é a segunda recomendada pela OMS, após a RTS,S/AS01 em 2021, seguindo os conselhos do Grupo Consultivo Estratégico de Peritos em Imunização (SAGE) e do Grupo Consultivo de Políticas sobre Malária (MPAG).

De acordo com a OMS, ambas as vacinas demonstraram ser seguras e eficazes na prevenção da malária em crianças e, quando aplicadas amplamente, deverão ter um grande impacto na saúde pública.

Pelo menos 28 países em África planeiam introduzir uma vacina contra a malária recomendada pela Organização Mundial da Saúde como parte dos seus programas nacionais de imunização.

Leia Também: Portuguesa trabalha na criação de uma proteína para travar a malária

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