A verba, atribuída sob a forma de subvenções, destina-se a apoiar serviços básicos como a educação, a proteção social e a saúde da população libanesa e acompanhará as reformas económicas, financeiras e bancárias urgentes. Além disso, será prestado apoio às Forças Armadas libanesas e a outras forças de segurança com equipamento e formação para a gestão das fronteiras e a luta contra o tráfico de pessoas.
A UE vai ainda manter o auxílio ao Líbano para a gestão dos refugiados sírios, enquanto Beirute explora as vias para o regresso voluntário dos cidadãos que desejem regressar à Síria.
Questionado sobre a verba na conferência de imprensa diária do executivo comunitário, um porta-voz para os Negócios Estrangeiros explicou que três quartos da verba se destinam a ajudar na gestão dos refugiados sírios no país.
Os mil milhões de euros foram anunciados durante a Ursula von der Leyen ao Líbano, acompanhada pelo Presidente de Chipre, Nikos Christodoulides.
"Podem contar com o apoio prolongado da UE ao Líbano e ao Seu povo", disse, numa declaração pública em que Esteve acompanhada pelo primeiro-ministro libanês, Nayib Mikati.
Von der Leyen sublinhou a existência de fortes laços entre a Europa e Beirute, tendo Bruxelas como meta contribuir para "estabilidade socioeconómica", do Líbano.
Desde 2011, a UE já apoiou o Líbano em mais de três mil milhões de euros, incluindo 2,6 mil milhões para apoio aos refugiados sírios e as comunidades libanesas de acolhimento.
O Líbano, que atravessa uma grave crise financeira desde 2019, acolhe cerca de 785 mil refugiados sírios registados e centenas de milhares de outros não registados, a maior população de refugiados 'per capita' do mundo.
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