Os eurodeputados que integram a Comissão da Indústria, da Investigação e da Energia e a Comissão da Segurança e da Defesa aprovaram a sua posição sobre a proposta de criação de um Programa Europeu para a Indústria de Defesa (EDIP, na sigla inglesa).
Os eurodeputados apoiaram as medidas destinadas a impulsionar a base industrial e tecnológica europeia de defesa, a reforçar a defesa da União Europeia (UE) e a integrar melhor a indústria de defesa europeia.
As medidas, que terão se ser aprovadas em sessão plenária do Parlamento Europeu, incluem um aumento significativo das contribuições financeiras dos Estados-membros para o EDIP, uma maior agregação de encomendas para o desenvolvimento de produtos de defesa e uma maior utilização de contratos públicos conjuntos.
O relatório foi aprovado por 70 votos a favor, 46 contra e oito abstenções, tendo ainda sido decidido abrir as negociações com o Conselho da UE, no qual têm assento os governos nacionais dos 27 países que integram o bloco comunitário.
Os eurodeputados, segundo um comunicado hoje divulgado, defenderam ainda que o novo programa se concentre na melhoria do fornecimento de armas, munições e outros produtos relevantes para a crise, aumentando as capacidades de fabrico ou assegurando a sua aceleração, reduzindo os prazos de produção e entrega e aumentando as reservas.
Como parte do EDIP, foi também aprovado um instrumento de apoio à Ucrânia para assegurar a modernização e a integração da indústria de defesa ucraniana na base europeia.
Este financiamento comunitário deverá aumentar o investimento direto na indústria de defesa ucraniana, facilitar as parcerias entre os atores da defesa da UE e de Kiev e aumentar a aquisição pelo bloco europeu de capacidades de defesa produzidas na Ucrânia.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
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