Miguel Diaz-Canel "partiu esta noite [segunda-feira] para a Rússia", escreveu a Presidência cubana, também na rede social X (antigo Twitter).
Havana e Moscovo são aliados de longa data, mas o anterior encontro entre os dois Presidentes, em novembro de 2022, relançou a parceria.
Desde então, delegações e altos funcionários dos dois países visitaram-se mutuamente e uma dezena de acordos foram assinados em vários setores. Em fevereiro, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, realizou a segunda viagem a Havana em menos de um ano.
O comércio bilateral aumentou nove vezes em 2023 em comparação com o ano anterior, quando as trocas comerciais ascenderam a 450 milhões de dólares (cerca de 418 milhões de euros), de acordo com dados oficiais russos.
Cerca de 185 mil turistas russos visitaram a ilha das Caraíbas no ano passado, logo atrás de canadianos e norte-americanos de origem cubana, num aumento de 242% em relação a 2022.
Esta aproximação surgiu numa altura em que Cuba atravessa a pior crise económica das últimas três décadas, com escassez e inflação galopantes, agravadas pelas fragilidades económicas estruturais.
Cuba sempre adotou uma posição neutra em relação à guerra na Ucrânia, com Havana a pedir uma solução negociada para o conflito e sem condenar a ofensiva russa.
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