Egito condena "perigosa escalada" de Israel em Rafah

O Governo egípcio condenou hoje a tomada israelita do lado palestiniano do posto fronteiriço de Rafah, o único não controlado por Israel e que faz fronteira com o Egito, como uma "perigosa escalada".

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© Getty Images

Lusa
07/05/2024 11:03 ‧ 07/05/2024 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

"O Egito condenou com a maior veemência as operações militares israelitas na cidade palestiniana de Rafah e o consequente controlo israelita do lado palestiniano do posto fronteiriço de Rafah", declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros em comunicado.

A declaração surgiu poucas horas depois de o exército israelita ter confirmado que tinha tomado o controlo do lado de Gaza da passagem de Rafah com tanques, após uma noite de fortes bombardeamentos no lado oriental da cidade meridional.

Para o Egito, trata-se de uma "perigosa escalada que ameaça a vida de mais de um milhão de palestinianos" por a passagem de Rafah ser "a principal tábua de salvação para a Faixa de Gaza".

A passagem de Rafah é fundamental para "a saída segura para os feridos e doentes receberem tratamento, e para a entrada de ajuda humanitária para os irmãos palestinianos em Gaza", disse o ministério, citado pela agência espanhola EFE.

O país do Norte de África apelou a Israel para que exerça "a máxima contenção e evite uma atitude" que ponha em risco o destino dos esforços para alcançar uma trégua em Gaza.

O grupo islamita Hamas aceitou na segunda-feira uma proposta do Egito e do Qatar, mediadores do conflito, para uma trégua com Israel em três fases, incluindo um cessar-fogo e uma troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos nas prisões israelitas.

Israel está agora a estudar o documento das tréguas e enviou uma delegação ao Cairo, onde decorrem hoje negociações indiretas com as partes em conflito e os mediadores para tentar chegar a um acordo.

O exército israelita tem ameaçado lançar uma ofensiva contra Gaza, onde diz que se encontram as últimas unidade ativas do Hamas.

Em Genebra, Suíça, a ONU denunciou que Israel lhe negou o acesso a Rafah e advertiu que as estruturas das Nações Unidas na cidade palestiniana dispõem de combustível apenas para um dia de abastecimento.

Leia Também: Em clima de ataque iminente, Israel nega acesso da ONU a Rafah

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