No mês passado, a Estónia e os outros estados bálticos - Letónia e Lituânia - alertaram que o bloqueio generalizado do GPS pela Rússia estava a aumentar o risco de acidentes aéreos.
"Hoje, convocámos o encarregado de negócios russo por causa do bloqueio do GPS, que constitui uma violação dos regulamentos e causou sérios danos ao tráfego aéreo", informou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Estónia, Margus Tsahkna, na rede social X.
"As atividades híbridas da Rússia que perturbam a nossa vida normal na Estónia e na Europa devem parar", insistiu o chefe da diplomacia estoniana.
A companhia aérea finlandesa Finnair anunciou, no final de abril, que iria suspender os seus voos para Tartu, na Estónia, durante um mês, devido a interferências de GPS que obrigaram dois dos seus voos a regressar a Helsínquia.
A interferência do GPS pode "impedir que a aeronave se aproxime do solo e pouse", explicou a Finnair, acrescentando que a interferência era "bastante comum na área".
A Finnair é a única companhia aérea que opera voos internacionais para o aeroporto da Estónia.
A República Checa convocou o embaixador russo esta semana, após repetidos ataques cibernéticos realizados por um grupo associado aos serviços de informações militar russos.
As autoridades polacas responsáveis pela monitorização das redes de Internet relataram hoje ataques cibernéticos contra instituições polacas, envolvendo o mesmo grupo de piratas informáticos de Praga, o APT28, também conhecido como "Fancy Bear", que e acordo com os países ocidentais tem ligações aos serviços militares russos.
Por seu lado, a Alemanha chamou temporariamente de regresso a Berlim o seu embaixador na Rússia, depois de membros do partido do chanceler Olaf Scholz terem sido alvo do que Berlim classificou como ataque cibernético russo.
Desde o início da invasão russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022, os países ocidentais têm permanecido em alerta máximo contra o risco de ataques informáticos e de operações de desinformação orquestradas pela Rússia.
Leia Também: Estónia pede ajuda a países vizinhos para denunciar interferência russa