"Depois de entregar as assinaturas de 78 deputados eleitos na Assembleia ao presidente do país, Zoran Milanovic, obtive o mandato para formar o governo croata", escreveu Plenkovic nas redes sociais.
O líder pró-europeu do partido conservador União Democrática Croata (HDZ), de 54 anos, anunciou na quarta-feira passada um acordo de coligação com o Movimento Patriótico (DP), nacionalista de direita.
A aliança com o DP pode vir a fazer pender o país, membro da União Europeia e da NATO - governado pelo HDZ desde o desmembramento da antiga Jugoslávia em 1991 - para a direita, após a orientação centrista dada por Andrej Plenkovic.
O primeiro-ministro tem 30 dias para formar o governo, que vai ser submetido depois a votação no Parlamento, numa sessão que foi agendada para o dia 16 de maio.
O HDZ venceu as eleições de 17 de abril, com 61 dos 151 lugares do Parlamento, tendo conseguido negociar uma maioria com o DP (14 deputados eleitos) e contando com o apoio de vários deputados que representam as formações políticas minoritárias.
O Partido Social Democrata (SDP), que ficou em segundo lugar com 42 lugares, também tentou formar uma coligação, mas sem êxito.
O SDP, conhecido pela retórica nacionalista e anti-imigração, insistiu numa série de disposições, incluindo a exclusão da coligação do principal partido da comunidade sérvia, o SDSS, um aliado tradicional de Plenkovic.
As relações com a minoria sérvia são sensíveis desde a guerra da independência (1991-1995), que opôs a Croácia aos sérvios apoiados por Belgrado.
Plenkovic afirmou na quarta-feira que "a orientação da Croácia e o caráter inclusivo não vão mudar (...). Estou aqui. Fizemos enormes progressos em termos de reconciliação e de diálogo, nomeadamente com a minoria sérvia", afirmou.
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