O anúncio foi feito pelo Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas (CICPC, antiga Polícia Técnica Judiciária) na sua conta do Instagram, a uma semana de 10 de janeiro, data em que o vencedor das eleições presidenciais de 28 de julho tomará posse como Presidente da Venezuela para um mandato de seis anos, que a oposição insiste ser Edmundo González Urrutia.
"Procura-se. Mandado de captura. Edmundo González Urrutia, pelos crimes de conspiração, cumplicidade no uso de atos violentos, usurpação de funções, falsificação de documentos, branqueamento de capitais, desrespeito pelas instituições do Estado, instigação à desobediência das leis e associação para cometer crimes", lê-se no anúncio do CICPC, acompanhado de uma foto do opositor.
A Venezuela realizou eleições presidenciais em 28 de julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória ao atual Presidente e recandidato Nicolás Maduro, com pouco mais de 51% dos votos.
A oposição afirma que Edmundo González Urrutia (atualmente exilado em Espanha) obteve quase 70% dos votos.
A oposição venezuelana e muitos países denunciaram uma fraude eleitoral e têm exigido que o CNE apresente as atas de votação para uma verificação independente.
Os resultados eleitorais foram contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo, segundo as autoridades, de mais de 2.400 detenções, 27 mortos e 192 feridos.
O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela ainda não divulgou as atas do sufrágio desagregadas por assembleia de voto.
O Presidente da Venezuela tomará posse a 10 de janeiro de 2025 para um período de seis anos.
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