O Irão "deve revogar imediatamente" esta sentença "e deixar de condenar cidadãos à morte por expressarem opiniões", afirmaram os peritos, nos quais se inclui o relator da ONU para o Irão, Javaid Rehman.
Num comunicado, os peritos recordaram que esta condenação surge poucos dias depois da sentença à morte do 'rapper' Tomaj Salehi por rebelião, propaganda antissistema e incitamento ao motim, depois de ter apoiado os protestos que se seguiram à morte da jovem Mahsa Amini em 2022.
Amini morreu sob custódia policial depois de ter sido detida por acusação de uso indevido do lenço islâmico.
O comunicado é ainda assinado pela relatora da ONU para a tortura, Alice Jill Edwards, e pelo responsável para as execuções extrajudiciais, sumárias ou arbitrárias, Morris Tidball-Binz.
"Tais condenações são completamente inconsistentes com o direito internacional e as normas de direitos humanos", argumentaram os relatores da ONU, que recordaram que pelo menos cinco pessoas foram condenadas à morte no Irão na sequência dos protestos e após setembro de 2022, enquanto outros 15 detidos poderão também ser condenados à morte.
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