ONU pedem revogação de setença de morte de ativista iraniano

O relator da ONU para o Irão e outros peritos da organização instaram hoje o regime iraniano a revogar a sentença de morte do ativista Mahmoud Mehrabi por publicar informações sobre fabrico caseiro de armas durante protestos populares.

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Lusa
13/05/2024 16:40 ‧ 13/05/2024 por Lusa

Mundo

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O Irão "deve revogar imediatamente" esta sentença "e deixar de condenar cidadãos à morte por expressarem opiniões", afirmaram os peritos, nos quais se inclui o relator da ONU para o Irão, Javaid Rehman.

Num comunicado, os peritos recordaram que esta condenação surge poucos dias depois da sentença à morte do 'rapper' Tomaj Salehi por rebelião, propaganda antissistema e incitamento ao motim, depois de ter apoiado os protestos que se seguiram à morte da jovem Mahsa Amini em 2022.

Amini morreu sob custódia policial depois de ter sido detida por acusação de uso indevido do lenço islâmico.

O comunicado é ainda assinado pela relatora da ONU para a tortura, Alice Jill Edwards, e pelo responsável para as execuções extrajudiciais, sumárias ou arbitrárias, Morris Tidball-Binz.

"Tais condenações são completamente inconsistentes com o direito internacional e as normas de direitos humanos", argumentaram os relatores da ONU, que recordaram que pelo menos cinco pessoas foram condenadas à morte no Irão na sequência dos protestos e após setembro de 2022, enquanto outros 15 detidos poderão também ser condenados à morte.

Leia Também: ONU. Intervenções podem ajudar combate ao tráfico de animais e plantas

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