"Empenhados em promover paz". EUA saúdam Israel pelo seu 76.º aniversário

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, felicitou hoje, em nome dos Estados Unidos da América (EUA), "o povo israelita e o seu Governo por ocasião do 76.º aniversário do Estado de Israel".

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© EVELYN HOCKSTEIN/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
13/05/2024 17:06 ‧ 13/05/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Os Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecer o estatuto do Estado israelita, quando Israel declarou a independência, em 1948", recordou Blinken num comunicado divulgado pelo seu gabinete.

"A nossa história de valores democráticos partilhados, de comércio, de laços culturais profundos e de empenho na segurança regional constituiu a base da forte parceria e amizade entre os nossos países", sublinhou.

Agora, prosseguiu o chefe da diplomacia norte-americana, "neste momento solene de enorme sofrimento de todos os afetados pelo atual conflito [contra o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza], de luto e de intenso anseio pelo regresso dos reféns de Israel, continuamos empenhados em promover uma perspetiva de paz, segurança e prosperidade para Israel e para a região".

"Queiram aceitar as nossas felicitações pelo 76.º aniversário do Estado de Israel. Yom Atzmaut Sameach! (Feliz Dia da Independência!)", concluiu Blinken.

Em contraste, nos territórios palestinianos, assinala-se a 15 de maio, quarta-feira, o 76.º aniversário da "Nakba", palavra árabe que significa "Catástrofe", que foi o que para o povo palestiniano representou a criação do Estado de Israel, que desencadeou em 1948 o êxodo de cerca de 760.000 palestinianos, expulsos ou obrigados a abandonar as suas casas, a partir de então pertencentes aos israelitas.

Em Israel, uma parte das festividades agendadas para hoje à noite para assinalar o aniversário da proclamação do Estado de Israel, a 14 de maio de 1948, foi cancelada por causa da guerra.

"Esta noite, não temos paz nem silêncio", declarou o Presidente israelita, Isaac Herzog, numa cerimónia realizada no Muro das Lamentações, em Jerusalém.

Ao seu lado, o chefe do Estado-Maior do Exército, Herzi Halevi, declarou-se "responsável pelo fracasso na missão de proteger os cidadãos do Estado de Israel a 07 de outubro" do ano passado.

Nesse dia, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando mais de 1.170 pessoas, na maioria civis.

Fizeram também mais de 250 reféns, 128 dos quais permanecem em cativeiro e 36 morreram entretanto, segundo o mais recente balanço do Exército israelita.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que hoje entrou no 220.º dia, continuando a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, e fez até agora na Faixa de Gaza 35.034 mortos, mais de 78.000 feridos e milhares de desaparecidos presumivelmente soterrados nos escombros, na maioria civis, de acordo com números atualizados das autoridades locais.

O conflito causou também quase dois milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" que está a fazer vítimas - "o número mais elevado alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.

Leia Também: "O destino do mundo depende do rumo que os Estados Unidos tomarem"

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