NATO acusa China de ser principal facilitador da guerra

O secretário-geral da NATO defendeu hoje que a China é o "principal país" facilitador da guerra da Rússia contra a Ucrânia e exigiu uma mudança de postura de Pequim.

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© SIMON WOHLFAHRT/AFP via Getty Images

Lusa
13/05/2024 18:03 ‧ 13/05/2024 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

"O principal país que está a possibilitar a agressão da Rússia contra a Ucrânia é a China. [Pequim] é de longe o maior parceiro comercial da Rússia", disse Jens Stoltenberg, no quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Bruxelas.

Numa intervenção por videoconferência, a propósito de uma cimeira da NATO sobre a juventude em Estocolmo (Suécia) e Miami (Estados Unidos), o secretário-geral referiu que Pequim está a "fornecer os componentes críticos" de que Moscovo precisa para "a sua tecnologia avançada".

Estes componentes são utilizados para "construir mísseis, 'drones' [veículos não tripulados] e toda uma panóplia de coisas que são fulcrais na guerra contra a Ucrânia", completou Stoltenberg.

O secretário-geral da Aliança Atlântica também apontou o dedo a Teerão e Pyongyang pelo fornecimento de 'drones' e armazenamento, apelidando os três países de serem "os amigos" do Kremlin na Ásia: "São a chave para a capacidade [militar] da Rússia".

"A China está metida em tudo, no ciberespaço, em África, a tentar controlar infraestruturas críticas nos nossos países", acusou, exigindo a Pequim uma mudança de trajetória que contribua para a paz.

A caminho da cimeira de Washington, que assinala os 75 anos da Organização do Tratado do Atlântico Norte, Jens Stoltenberg recordou que é necessário investir mais em defesa numa altura de profundas alterações geopolíticas.

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