De acordo com os resultados das contas do Estado, nos primeiros três meses deste ano o défice quase nulo "reflete um controle mais eficiente das despesas e um aumento nas receitas".
No período em análise, o saldo corrente primário registou uma "melhoria considerável", com um valor positivo de 2.264,7 milhões de escudos (20,5 milhões de euros), equivalente a 0,8% do PIB.
"Esse resultado é superior ao registado no primeiro trimestre de 2023, quando alcançou 1.340,3 milhões de escudos (12,1 milhões de euros), representando 0,5% do PIB. Uma evolução que demonstra uma gestão fiscal consistente e sustentável", lê-se no comunicado.
O saldo global primário também teve um "desempenho positivo", atingindo 1.161,4 milhões de escudos (10,5 milhões de euros), ou seja 0,4% do PIB.
Segundo o executivo, esses dados "refletem a capacidade de Cabo Verde em gerar 'superávit' (excedente orçamental) nas suas contas públicas".
No período em análise, as receitas totais tiveram um "aumento significativo" de 11,9%, impulsionado principalmente pelo aumento na arrecadação de impostos, que registou um aumento de 11,2%, e nas outras receitas, que apresentaram um aumento de 23,7%.
Nas despesas correntes, houve um aumento de 5,3%, que foi impulsionado principalmente pelas despesas com aquisição de bens e serviços, transferências, benefícios sociais e outras despesas.
De janeiro a março, o Governo cabo-verdiano avançou que a execução dos investimentos líquidos em ativos não financeiros registou um "crescimento expressivo" de 77,6%, o que indica um aumento nos investimentos em infraestrutura e desenvolvimento.
Nesse período, a dívida pública passou de 112,3% para 107,9% do PIB, que "reflete os esforços do país em promover uma gestão sustentável da dívida".
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