Eslováquia pede "calma" e travão nas eleições após ataque. Que se segue?

A presidência demissionária da Eslováquia falou, esta quinta-feira, sobre o ataque ao chefe de Governo, Robert Fico. Palácio presidencial pediu uma reunião com líderes partidários e o executivo eslovaco vai também reunir para perceber como vai liderar o país, numa altura em que Fico está em estado "muito grave".

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© Pier Marco Tacca/Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
16/05/2024 12:57 ‧ 16/05/2024 por Notícias ao Minuto com Lusa

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Eslováquia

A presidente demissionária da Eslováquia, Zuzana Caputova, apelou, esta quinta-feira, a que a sociedade se mantenha "calma" na sequência do ataque ao primeiro-ministro, Robert Fico.

No palácio presidencial, Caputova e o seu sucessor, o recém-eleito Peter Pellegrini, deram uma conferência de imprensa numa altura em que o chefe de governo atacado se encontra hospitalizado e em estado "muito grave", mas estável.

A presidência da Eslováquia quer ainda reunir-se com os líderes de todos os partidos, numa reunião conjunta.

Na conferência de imprensa dada hoje, Peter Pellegrini, aliado de Fico, considerou que a tentativa de homicídio foi "uma tentativa de assassinato à democracia" - e a acrescentou que a vinda de líderes políticos ao palácio presidencial seria uma forma de "acalmar as coisas" e mostrar que rejeitam a violência.

"O que aconteceu ontem [quarta-feira] foi um ato individual, mas o clima atual é o resultado das nossas ações coletivas", afirmou.

Pellegrini confessou ainda que ficou "chocado" como futuro presidente de um país que poderá ser "levado pelo ódio". O presidente eleito falou ainda nas eleições Europeias. "Peço [aos partidos políticos] que suspendam ou reduzam as suas campanhas antes das eleições para o Parlamento Europeu", afirmou, citado pela imprensa internacional.

O ministra da Economia do país, Denisa Saková, adiantou  à agência TASR que o executivo vai reunir nas próximas horas por forma a perceber como é que o país vai ser liderado na ausência de Fico.

Segundo o ministro do trabalho, Erik Tomáš, deveria ser o vice-primeiro-ministro, Robert Kaliňák, a avançar. 

Alvejado na quarta-feira por um atirador cujas motivações ainda não são claras, Robert Fico, de 59 anos, está em estado "muito grave", embora já fora de perigo, segundo o hospital Roosevelt, em Banska Bystrica (centro), onde foi sujeito a uma operação de várias horas.

O ataque ao primeiro-ministro aconteceu em frente da Casa da Cultura local, de onde Robert Fico, de 59 anos, saía depois de uma reunião do Governo.

O primeiro-ministro foi baleado no peito e no abdómen por um homem de 71 anos, que foi entretanto detido. Robert Fico foi levado para o hospital, onde ainda permanece.

Desde que chegou ao poder, em 2023, Robert Fico pôs fim à ajuda militar de Bratislava à Ucrânia e apelou a conversações de paz entre Kyiv e Moscovo, gerando críticas das autoridades ucranianas e dos seus aliados europeus.

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O primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, encontra-se em "estado muito grave", mas estável, depois de ter sido baleado no estômago e numa articulação após uma reunião do governo.

Notícias ao Minuto | 09:35 - 16/05/2024

Mais recentemente, no início de abril, alterou a sua posição relativamente ao conflito ucraniano, defendendo uma solução pacífica que respeite a "integridade territorial" do país.

Leia Também: "Traidores". Atacante tinha-se manifestado contra Fico (e já foi acusado)

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