Julia sofre de doença rara, mas não pode sair de Gaza para ser tratada

A criança de três anos sofre de hemiplegia alternante da infância (AHC), que provoca paralisia e convulsões e é agravada pelo stress. Sem medicação, as convulsões podem ser fatais. 

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© Anas Zeyad Fteha/Anadolu via Getty Images

Notícias ao Minuto
17/05/2024 22:07 ‧ 17/05/2024 por Notícias ao Minuto

Mundo

Israel/Palestina

Uma menina palestiniana de três anos, que sofre de uma doença rara, foi impedida de sair da Faixa de Gaza para receber um tratamento que lhe pode salvar a vida. Segundo a Sky News, a pequena Julia Abu Zeiter está com a família num acampamento de refugiados à espera de conseguir atravessar a fronteira.

A criança sofre de hemiplegia alternante da infância (AHC) e foi retirada recentemente de uma tenda na cidade de Rafah, no sul de Gaza, para ser transferida para uma zona mais segura - mas mais afastada da fronteira.

A AHC é uma doença rara do neurodesenvolvimento que provoca paralisia e convulsões e é agravada pelo stress. Sem medicação, as convulsões podem ser fatais. 

"Estávamos a tratar dos procedimentos de viagem para sair de Gaza. Quando se aproximava a altura de atravessarmos a fronteira de Rafah, os israelitas ocuparam a fronteira e disseram-nos que queriam invadir Rafah", lamentou a mãe, Maha, à Sky News, que acompanha a história da família. 

"Estava entre dois fogos cruzados sem saber para onde ir. Vou tentar viajar para tratar a minha filha ou fujo para outro sítio? Não sabia para onde ir", acrescentou.

O caso foi denunciado à Sky News por um casal norte-americano, que conhece Julia através da filha Annabel, que também sofre de AHC. O pai, Simon Frost, tem feito vários apelos em Washington DC para ajudar a retirar a menina de Gaza e o caso está a ser acompanhado pelo Fundo de Assistência às Crianças da Palestina (PCRF).

Foi uma equipa da PCRF no local que organizou a mudança da família para um local mais seguro e conseguiu fornecer-lhe alguns medicamentos. "O que nos fez sair de Rafah foi o facto de os bombardeamentos se terem tornado demasiado fortes. Eu não sabia para onde ir. Quando os bombardeamentos se tornaram demasiado fortes, disse a mim própria: 'Tenho de sair, para onde vou?'", explicou a mãe, que agora está numa tenda fornecida pelo governo dos Emirados Árabes Unidos.

Sublinhe-se que, atualmente, ninguém está autorizado a sair da Faixa da Gaza e as autoridades israelitas e egípcias, que controlam cada um dos lados da passagem de Rafah, culpam-se mutuamente pelo bloqueio. 

Leia Também: IDF recuperam corpos de três reféns, incluindo a israelo-alemã Shani Louk

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