"Compraremos tanques Leopard. Não há mais discussões sobre isso. É um negócio fechado", referiu Kasciunas, durante uma visita à base aérea de Lielvarde, na Letónia.
O governante do país Báltico explicou que a Defesa decidiu "criar uma divisão e esta divisão também conterá um batalhão de tanques".
"Por isso, esta é uma decisão real e estará focada no Leopard", acrescentou.
O batalhão lituano, quando totalmente equipado e destacado, terá 55 tanques Leopard.
"Também estamos a conversar e a considerar comprar o IRIS-T da Alemanha. Este é um sistema muito eficaz, que funciona muito bem e dentro de alguns anos poderá passar a fazer parte do nosso sistema de defesa aérea", sublinhou ainda.
Em outono, o Ministério da Defesa da Letónia, outro país do Báltico, anunciou a assinatura de um contrato no valor de cerca de 600 milhões de euros, para o fornecimento de mísseis de defesa aérea de médio alcance IRIS-T.
Os sistemas de mísseis são capazes de atingir objetos voadores a uma distância de até 40 quilómetros e a uma altitude de até 20 quilómetros e serão entregues pela Diehl Defense da Alemanha, a partir de 2026.
O anúncio da intenção de compra do sistema IRIS-T ocorre depois de a Lituânia ter assinado, em dezembro, um acordo para adquirir um sistema semelhante de defesa aérea de médio alcance, projetado pelo NASAMS norueguês.
Numa conferência de imprensa conjunta com o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, o ministro da Defesa da Lituânia garantiu que há muito apoio público para expandir a presença alemã na Lituânia para uma brigada completa com o seu próprio equipamento.
"Estamos muito felizes com isso. Estamos felizes e toda a Lituânia também. Cerca de 85 por cento dos nossos cidadãos apoiam esta cooperação e acreditam que a brigada lituana é uma boa causa e querem que ela fique aqui e atue como um elemento dissuasor", destacou ainda.
O ministro alemão, por sua vez, saudou os investimentos e descreveu o projeto da brigada alemã na Lituânia como algo inédito.
"Este é um projeto inédito. Isto requer alguma preparação e mudanças, nas quais estamos atualmente a trabalhar intensamente. Enquanto fazemos isso, investimos muita energia e dinheiro na construção de infraestruturas militares e civis, sem as quais nada disto seria possível", vincou.
"Queremos colocar a brigada em serviço já em 2025, depois as tropas seguirão nos anos 25 e 26 e esse é um calendário ambicioso", frisou ainda o ministro da Defesa alemão.
Pistorius falou aos jornalistas na Lituânia depois de visitar a base aérea de Lielvarde, onde os aviões da força aérea alemã estão estacionados como parte da patrulha aérea da NATO no Báltico.
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