O primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Store, anunciou, esta quarta-feira, que o país vai reconhecer o Estado da Palestina.
Segundo Store, citado pela BBC News, em declarações a partir de Oslo, reconhecer o Estado da Palestina manterá viva a única alternativa ao conflito israelo-palestiniano: "Dois Estados, vivendo lado a lado, em paz e segurança".
O primeiro-ministro da Noruega considerou ainda que a medida envia uma mensagem "forte" a outros países para "seguirem" os passos da Noruega.
De acordo com Jonas Gahr Store, a guerra em curso em Gaza deixou "absolutamente claro" que alcançar a paz e a estabilidade deve depender do reconhecimento da Palestina como um Estado, denotando também que uma solução de dois Estados é do "melhor interesse" de Israel.
A medida da Noruega entrará em vigor "rapidamente" – Oslo reconhecerá o Estado da Palestina até 28 de Maio.
Recorde-se que, em abril, o primeiro-ministro da Noruega afirmou que o país estava preparado para reconhecer o Estado da Palestina, em coordenação com outros países. Jonas Gahr Store falava em Oslo, numa conferência de imprensa ao lado do primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, que já se comprometeu a reconhecer o Estado palestiniano até julho.
Os dois primeiros-ministros reiteraram também o apoio ao reconhecimento da Palestina como membro de pleno direito das Nações Unidas.
Dentro da UE, nove Estados-membros reconhecem já a Palestina: Bulgária, Chipre, República Checa, Hungria, Malta, Polónia, Roménia e Eslováquia deram o passo em 1988, antes de aderirem ao bloco europeu, enquanto a Suécia o fez sozinha em 2014, cumprindo uma promessa eleitoral dos sociais-democratas então no poder.
Nas Nações Unidas, já reconheceram unilateralmente o Estado da Palestina cerca de 137 dos 193 membros da organização, de acordo com a Autoridade Palestiniana.
O conflito em curso na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque do grupo islamita Hamas em solo israelita de 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades de Telavive.
Desde então, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que provocou mais de 33.000 mortos, segundo o Hamas, que governa o enclave palestiniano desde 2007.
[Notícia atualizada às 08h11]
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