O Corpo Nacional de Polícia de Espanha, numa operação conjunta com a Polícia Nacional de França, a EUROPOL e a EUROJUST, libertou 16 vítimas de exploração sexual e deteve nove pessoas que integravam a rede criminosa que lucrava com esta exploração.
Em comunicado, a polícia espanhola revela que a organização recrutava mulheres nos seus países de origem, principalmente no Brasil, mas também na Roménia e noutros países da América Latina, como Colômbia, República Dominicana ou a Venezuela. As vítimas chegavam depois a França e os suspeitos "exploravam-nas em diferentes planos".
"A rede criminosa distribuía, entre as diferentes partes envolvidas, as funções necessárias para beneficiar da sua atividade criminosa. Os responsáveis pelo recrutamento das vítimas estavam sediados em França, enquanto os responsáveis pela publicação dos serviços sexuais em vários sites de encontros e os encarregados de receber as chamadas dos clientes estavam em Espanha. Por último, os responsáveis pelo branqueamento de capitais residiam nos dois países", revela.
A operação policial chegou à conclusão de que a organização criminosa "explorava sexualmente mulheres vulneráveis em situação precária" e que os membros da rede "branqueavam os lucros obtidos com a exploração através da emissão de ordens de pagamento e do envio de dinheiro para destinatários no Brasil".
A investigação levou à libertação de 16 vítimas de exploração sexual em França.
Das nove detenções, cinco ocorreram em Espanha e quatro em França, estando em causa os crimes de tráfico de seres humanos para fins de exploração sexual, prostituição, branqueamento de capitais e participação numa organização criminosa.
Pode ver um vídeo desta operação, divulgado pela polícia espanhola, na galeria acima.
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