Guarda Costeira de Taiwan repele incursão de quatro navios chineses

Taiwan repeliu hoje a incursão de quatro navios chineses que entraram em águas próximas das ilhas Wuqiu e Dongyin, no segundo dia de exercícios lançados por Pequim para "punir" quem "promove a independência do território".

Notícia

© Taiwan's Military News Agency/Anadolu via Getty Images

Lusa
24/05/2024 10:20 ‧ 24/05/2024 por Lusa

Mundo

Taiwan

Em comunicado, a Administração da Guarda Costeira de Taiwan (CGA) afirmou que quatro navios da Guarda Costeira chinesa entraram em "águas restritas" ao largo das ilhas Wuqiu e Dongyin na manhã de hoje.

No primeiro caso, a CGA detetou a incursão de duas embarcações chinesas a coberto de uma terceira à distância. Em resposta, a Guarda Costeira de Taiwan enviou vários barcos de patrulha para responder e avisar as embarcações para abandonarem o local, o que aconteceu por volta das 08:59 (01:59, em Lisboa).

Uma situação semelhante ocorreu nas proximidades de Dongyin: dois navios da Guarda Costeira chinesa, apoiados por outro à distância, navegaram por estas águas a uma velocidade próxima dos 10 nós (19 quilómetros por hora), tendo a Guarda Costeira de Taiwan conseguido dispersá-los meia hora mais tarde.

As imagens divulgadas pela CGA mostram que, apesar de não se terem registado confrontos graves, os navios chineses e taiwaneses navegaram muito próximos uns dos outros durante estas manobras.

Segundo a parte taiwanesa, esta é a oitava vez este mês que navios da Guarda Costeira chinesa navegam nas "águas restritas" dos arquipélagos periféricos de Taiwan, afetando a "segurança da navegação" e "prejudicando a paz e a estabilidade" da região.

"Apelamos à China para que exerça autocontrolo e ponha imediatamente termo a este comportamento irracional. A Guarda Costeira (de Taiwan) salvaguardará resolutamente a soberania e a segurança nacionais", concluiu o comunicado oficial.

Durante o primeiro dia dos exercícios, denominados Joint Sword - 2024A, o Ministério da Defesa Nacional (MND) de Taiwan detetou a presença de 49 aviões de guerra chineses e 26 navios chineses (19 da Marinha e 7 da Guarda Costeira) nas proximidades da ilha e dos arquipélagos periféricos.

O Exército chinês prossegue hoje os seus exercícios, desta vez incluindo "operações integradas dentro e fora do arquipélago e testes de capacidades conjuntas de tomada de poder".

A ação militar da China ocorre na mesma semana em que tomou posse o líder de Taiwan, William Lai, que na quinta-feira apelou à população para manter a calma, mobilizou as forças armadas da ilha e garantiu que o seu governo protegeria a democracia de Taiwan com "determinação".

O território opera como uma entidade política soberana, com diplomacia e exército próprios, apesar de oficialmente não ser independente. Pequim considera a ilha uma província sua, que deve ser reunificada, pela força, caso seja necessário.

"Espero que a China encare a realidade da existência da República da China [nome oficial de Taiwan] e, com boa vontade, escolha o diálogo em vez da confrontação", disse William Lai, durante o seu discurso de tomada de posse.

Leia Também: Pequim acusa novo líder de Taiwan de empurrar o território para "guerra"

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas