A futura rua Alexey Navalny "será possivelmente na Avenida Chantemesse", uma artéria do 16.º arrondissement (bairro) situada mesmo em frente à embaixada, referiu, durante a sessão do Conselho de Paris, Francis Szpiner, presidente da Câmara deste distrito até à sua eleição como senador em setembro passado.
A França, que tem "uma longa história" com a Rússia, "recebeu muitas vezes os seus exilados" neste distrito, sublinhou esta autoridade local.
Muitas famílias russas estabeleceram-se nesta área, particularmente na rua de Passy, após a revolução de 1917.
Navalny, que "morreu porque tinha uma certa ideia do que deveria ser a liberdade", tornou-se "na Rússia e fora da Rússia um símbolo de liberdade", sublinhou Szpiner.
Esta nomeação seria uma "forma de apoiar" a resistência a um regime russo repressivo, acrescentou Szpiner.
Crítico declarado do regime do Presidente russo Vladimir Putin e carismático defensor da luta contra a corrupção, Navalny morreu aos 47 anos em circunstâncias ainda pouco claras.
Os serviços prisionais disseram que sofreu um colapso súbito após uma caminhada na colónia penal do Ártico onde cumpria uma pena de 19 anos por extremismo e a certidão de óbito menciona causa natural.
Os seus associados, a viúva Yulia Navalnaia e muitos líderes ocidentais acusam Putin de ser o responsável pela morte de Navalny. A Presidência russa negou tais acusações.
Dezenas de milhares de russos assistiram ao funeral do líder da oposição em Moscovo no início de março, no maior protesto contra a repressão do Kremlin e a guerra na Ucrânia desde o seu início em fevereiro de 2022.
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