Uribe é suspeito de ter "oferecido dinheiro e outras vantagens a certas testemunhas de atos criminosos para que ocultassem a verdade", num caso que o liga a grupos paramilitares, de acordo com a acusação, apresentada pelo procurador Gilberto Villarreal na sexta-feira.
Durante a última sessão da instrução do julgamento, em 18 de maio, Uribe, que compareceu por videoconferência, reiterou a inocência e pediu a retirada das acusações.
"Nunca tomei a iniciativa de procurar testemunhas. Procurei defender a minha reputação", disse o antigo chefe de Estado.
A juíza Sandra Heredia rejeitou o pedido e reconheceu como possíveis vítimas um senador, a ex-mulher de um paramilitar que ajudou a ligar Uribe a grupos armados e dois antigos procuradores.
O assunto remonta a 2012, quando Uribe processou, por alegada manipulação de testemunhas, Ivan Cepeda, senador do Polo Democrático Alternativo, partido de esquerda, que então preparava uma denúncia no parlamento da Colômbia contra Uribe, por alegados vínculos com os paramilitares.
Mas, na altura, o Supremo Tribunal decidiu não abrir a investigação contra o congressista.
Pelo contrário, iniciou um processo ao antigo presidente por manipulação de testemunhas.
A acusação de suborno está associada ao alegado pagamento de subornos a Carlos Enrique Vélez e Juan Guillermo Monsalve, que estão detidos nas prisões de Palmira e La Picota, em Bogotá, respetivamente, bem como a uma mulher identificada como Eurídice Cortés, para que beneficiassem o ex-presidente nas suas declarações.
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