"Condeno os ataques israelitas de ontem (domingo) à noite contra as tendas de pessoas deslocadas" em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, afirmou Tor Wennesland, em comunicado, sobre o ataque qie provocou pelo menos 47 pessoas.
O responsável apelou ainda às "autoridades israelitas para que realizem uma investigação completa e transparente (...) e tomem medidas imediatas para proteger melhor os civis".
O Governo israelita já prometeu que investigará um ataque das suas forças militares que matou dois funcionários do Hamas e mais outras 45 pessoas num campo em Rafah, na Faixa de Gaza.
"De acordo com informações iniciais, ocorreu um incêndio após o ataque. Esses terroristas estavam escondidos no porão", informou Avi Hyman, porta-voz do Governo israelita, durante uma conferência de imprensa.
"Vamos investigar o assunto. Foi realmente sério. Qualquer perda de vidas, de vidas civis, é algo sério e terrível", acrescentou Hyman, insistindo que Israel continua a tentar "limitar as perdas civis".
De acordo com Avi Hyman, o ataque teve como alvo dois membros do Hamas responsáveis por "numerosos ataques na Judeia e na Samaria", termos bíblicos judaicos para a Cisjordânia ocupada.
Este ataque em Rafah foi denunciado pelo Egito e pelo Qatar, mediadores nos esforços diplomáticos para alcançar um cessar-fogo na guerra iniciada há quase oito meses.
Hoje, o presidente francês, Emmanuel Macron, disse estar "indignado com os ataques israelitas que provocaram numerosas vítimas entre os deslocados em Rafah", voltando a apelar a um "cessar-fogo imediato".
Israel e o Hamas estão em guerra desde um ataque do grupo palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, ter causado cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades de Telavive.
A ofensiva israelita na Faixa de Gaza, lançada após o ataque, provocou mais de 36.000 mortos, segundo o Hamas, grupo classificado como "organização terrorista" por Israel, União Europeia (UE) e Estados Unidos.
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