China manifesta "profunda preocupação" com operação militar em Rafah

O governo chinês expressou hoje a sua "profunda preocupação" com os ataques israelitas em Rafah, na Faixa de Gaza, depois de o exército de Israel ter bombardeado um campo para pessoas deslocadas, que fez um elevado número de mortos.

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© PEDRO PARDO/AFP via Getty Images

Lusa
28/05/2024 09:28 ‧ 28/05/2024 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

"A China manifesta a sua profunda preocupação com as operações militares israelitas em curso contra Rafah", declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, em conferência de imprensa regular.

"Exigimos que todas as partes protejam os civis e as instalações civis e instamos Israel a dar ouvidos ao apelo da comunidade internacional e a cessar os seus ataques a Rafah", afirmou Mao Ning.

Israel intensificou hoje os seus ataques à cidade. O Conselho de Segurança da ONU convocou já uma reunião de emergência.

Estes novos bombardeamentos surgem na sequência de uma onda de condenação internacional a um ataque na zona, que fez 45 mortos e 249 feridos, no domingo à noite, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, lamentou "o acidente trágico".

O exército israelita afirmou que está a investigar a morte das vítimas civis, depois de ter dito inicialmente que tinha visado dois altos funcionários do Hamas com "munições precisas".

"A posição da China sobre o conflito israelo-palestiniano é constante e clara. Opomo-nos a qualquer violação do direito internacional, incluindo o direito humanitário internacional", sublinhou Mao Ning.

"A comunidade internacional deve trabalhar em conjunto para aliviar e pôr fim ao desastre humanitário em Gaza", vincou.

A China tem boas relações com Israel, mas apoia a causa palestiniana há décadas.

Pequim tem tradicionalmente feito campanha por uma solução de dois Estados, enquanto o processo de paz israelo-palestiniano está num impasse desde 2014.

Leia Também: Conselho de Segurança da ONU reúne-se de urgência após ataque em Rafah

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