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Estados Unidos avisam China sobre medidas contra Taiwan

O secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, avisou hoje o homólogo chinês, Dong Jun, num encontro em Singapura, para não utilizar a transição política de Taiwan "como pretexto para medidas coercivas", anunciou o Pentágono.

Estados Unidos avisam China sobre medidas contra Taiwan
Notícias ao Minuto

10:33 - 31/05/24 por Lusa

Mundo Taiwan

Austin manifestou a Dong a preocupação com recentes "ações provocatórias" do Exército Popular de Libertação da República Popular da China (RPC), segundo um comunicado do Departamento de Defesa dos Estados Unidos citado pela agência espanhola EFE.

O encontro ocorreu uma semana depois de a China ter efetuado exercícios militares em torno de Taiwan após a tomada de posse do novo Presidente da ilha, William Lai, considerado por Pequim como um "separatista perigoso".

Austin e Dong reuniram-se em Singapura à margem do Diálogo de Segurança de Shangri-La, que decorre até domingo na cidade-Estado asiática.

Foi o primeiro encontro entre os chefes da Defesa das duas superpotências em 18 meses.

O chefe do Pentágono sublinhou durante o encontro que a transição política de Taiwan é "parte de um processo normal, rotineiro e democrático", resultante de eleições.

Austin reiterou o apoio dos Estados Unidos à "política de uma só China", segundo o qual Taiwan faz parta da China, mas que suscita interpretações diferentes em Pequim e Taipé.

A RPC considera Taiwan (formalmente, República da China, ou ROC) como uma província rebelde e não exclui o uso da força para a recuperar se a ilha declarar a independência.

Taiwan é a ilha para onde o exército nacionalista chinês se retirou depois de ter sido derrotado pelas tropas comunistas na guerra civil, em 1949.

Desde então, é governada de forma autónoma.

Os Estados Unidos são o maior aliado de Taiwan e comprometeu-se a ajudar a ilha em caso de invasão pela RPC.

Austin também reafirmou a "importância da paz e da estabilidade no Estreito de Taiwan", por onde passa uma grande parte do comércio entre a Ásia e o Ocidente.

Os dois lados discutiram outras questões que normalmente os dividem, como a situação no Mar do Sul da China, segundo o comunicado norte-americano.

Falaram igualmente sobre a guerra na Ucrânia e o papel chinês "no apoio à indústria de defesa da Rússia", bem como das "recentes provocações da Coreia do Norte" e das contribuições de Pyongyang a favor de Moscovo.

O porta-voz do Ministério da Defesa da China, Wu Qian, descreveu as conversações entre Dong e Austin como "positivas, práticas e construtivas".

Wu confirmou que as duas partes discutiram "Taiwan e o Mar da China Meridional".

O porta-voz disse aos jornalistas que Dong avisou Austin de que as ações dos Estados Unidos em apoio de Taiwan representam uma grave violação do princípio "uma só China".

Dong, segundo o porta-voz, disse também que "a atual estabilização das relações entre os dois exércitos não tem sido fácil e deve ser aplaudida", enquanto Austin sublinhou a importância de "manter as linhas de comunicação abertas".

Segundo o Pentágono, os dois países vão retomar as comunicações telefónicas militares "nos próximos meses".

Pequim suspendeu as conversações militares com Washington no final de 2022, em resposta a uma visita a Taiwan de Nancy Pelosi, então Presidente da Câmara dos Representantes.

Leia Também: Lloyd Austin "expressou preocupação" sobre atividade militar chinesa

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