A empresa Ukridroenergo anunciou, através da sua conta na rede social Telegram, que instalações energéticas em cinco regiões da Ucrânia foram atacadas, incluindo duas centrais hidroelétricas, enquanto infraestruturas próximas também foram danificadas.
"Danos críticos aos equipamentos. Os funcionários das estão a trabalhar para eliminar as consequências", afirmou a empresa, que lembrou que desde o início da invasão, em fevereiro de 2022, a Rússia destruiu a central elétrica localizada na barragem de Kakhovka e lançou mais de 110 mísseis contra alvos do setor.
Enquanto isso, a empresa DTEK relatou danos em duas termoelétricas.
"O equipamento está gravemente danificado", afirmou a empresa, que indicou que este é o sexto ataque massivo contra centrais da DTEK nos últimos dois meses e meio.
O Ministério da Energia anunciou, por seu turno, que os ataques noturnos também fizeram com que os consumidores das regiões de Kharkiv (nordeste), Poltava (centro) e Ivano-Frankivsk (oeste) tivessem ficado parcialmente sem o fornecimento de eletricidade.
Nas últimas semanas, os ataques russos afetaram significativamente a capacidade de produção de eletricidade na Ucrânia, forçando as autoridades a introduzir cortes de energia.
As restrições aos consumidores privados e industriais em todo o país estavam previstas para este sábado, entre as 18:00 e as 23:00 locais, embora o Ministério tenha alertado que os ataques desta noite podem levar à introdução de alterações no plano previsto.
Na sexta-feira à noite, as Forças de Defesa Ucranianas intercetaram 35 mísseis de diferentes tipos e 46 'drones' do tipo "Shahed" lançados pelo inimigo, de um total de 53 mísseis e 47 'drones', segundo o comandante da Força Aérea, Mikola Oleschuk.
Em mais de dois anos de guerra, as forças russas intensificaram os ataques aéreos contra as infraestruturas energéticas ucranianas, provocando cortes e restrições de energia, bem como danos significativos.
As informações divulgadas pelas duas partes sobre o curso da guerra iniciada com a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022 não podem ser verificadas de imediato de forma independente.
A Rússia tem em curso uma nova ofensiva contra a Ucrânia desde 10 de maio, depois de uma contraofensiva ucraniana lançada no verão passado ter tido pouco sucesso.
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