Citando "um alto funcionário", o canal noticiou que o Cairo exige "uma retirada total de Israel" do terminal de Rafah entre o Egito e a Faixa de Gaza, segundo a agência francesa AFP.
Rafah é o principal ponto de passagem da ajuda humanitária para o território palestiniano devastado pela guerra.
O exército israelita lançou uma ofensiva em Rafah em 07 de maio para destruir os últimos batalhões do Hamas.
O Egito e Israel acusam-se mutuamente do bloqueio da ajuda.
As autoridades egípcias recusam-se a gerir a passagem em coordenação com a parte israelita, preferindo trabalhar com organismos internacionais ou palestinianos.
Uma reunião entre Israel e mediadores egípcios e norte-americanos "está prevista para amanhã [domingo], no Cairo, para discutir a reabertura da passagem de Rafah", disse o alto funcionário citado pela Al-Qahera News.
A mesma fonte destacou os "esforços intensos" do Egito para "retomar as negociações" para estabelecer uma trégua na Faixa de Gaza "à luz da recente proposta norte-americana".
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, apresentou na sexta-feira um plano proposto por Israel que inclui um cessar-fogo na Faixa de Gaza, afirmando que é altura de a guerra terminar.
A proposta israelita inclui a troca dos reféns israelitas por prisioneiros palestinianos, enquanto as tropas seriam gradualmente retiradas do enclave e seria posto em prática um plano de reconstrução.
Biden descreveu o roteiro, que foi apresentado ao movimento palestiniano Hamas através do Qatar, como uma oportunidade que "não deve ser perdida".
A guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque do grupo islamita em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo Israel.
A ofensiva israelita que se seguiu na Faixa de Gaza provocou mais de 36.300 mortos, segundo as autoridades de saúde do governo do Hamas, que controla o enclave palestiniano desde 2007.
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