Ultraortodoxos no governo israelita apoiam acordo para libertar de reféns

O partido ultraortodoxo Shas, membro do Governo de coligação israelita liderado por Benjamin Netanyahu, manifestou hoje o seu apoio a um possível acordo para a libertação dos reféns sequestrados pelo movimento islamita Hamas desde o início de outubro.

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© TIMOTHY A. CLARY / AFP) (Photo by TIMOTHY A. CLARY/AFP via Getty Images

Lusa
04/06/2024 16:58 ‧ 04/06/2024 por Lusa

Mundo

Shas

"Durante a reunião do partido celebrada ontem [segunda-feira], abordámos a proposta israelita para o acordo sobre os sequestrados", indicou a formação em comunicado divulgado pelo diário The Times of Israel, no qual também assegura "apoiar plenamente" a proposta, que inclui "medidas a longo prazo".

"O Shas apoia a proposta e exorta o primeiro-ministro e o gabinete de guerra a fazerem frente a toda a pressão, chegar a acordo e salvar as vidas de muitos dos nossos irmãos e irmãs que estão em perigo e em cativeiro", acrescentou o partido.

O apoio a um possível acordo para a libertação de reféns surge um dia após o partido Judaísmo unido da Tora, também ultraortodoxo, ter confirmado o seu apoio "a qualquer proposta que conduza à libertação dos sequestrados".

Desta forma, o Governo de coligação israelita permanece dividido. Os ultraortodoxos confirmaram o seu apoio a um possível acordo, enquanto os partidos ultranacionalistas Sionistas religiosos e Otzma Yehudit (Poder judeu), liderados respetivamente por Bezelel Smotrich e Itamar Ben Gvir, têm revelado um maior distanciamento.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou na semana passada uma proposta de acordo atribuída a Israel, que inclui diversas etapas para um eventual acordo de paz na Faixa de Gaza. A proposta inclui a libertação dos reféns, retirada militar israelita e reformas políticas no território palestiniano.

O Hamas desencadeou em 07 de outubro diversos ataques em território israelita que provocaram quase 1.200 mortos e ainda 240 reféns. Israel respondeu com uma violenta campanha militar que até ao momento provocou a morte de cerca de 36.500 palestinianos, na maioria mulheres e crianças.

Leia Também: Israel cometeu crimes de guerra? "A resposta é incerta", diz Biden

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