Oposição mexicana vai impugnar eleições conquistadas por Sheinbaum

A principal força de oposição no México, o Partido Ação Nacional (PAN, conservador), anunciou hoje que vai impugnar as eleições presidenciais conquistadas por Claudia Sheinbaum por mais de 30 pontos, de acordo com a autoridade eleitoral.

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© Reuters/Raquel Cunha

Lusa
05/06/2024 13:14 ‧ 05/06/2024 por Lusa

Mundo

Claudia Sheinbaum

A decisão foi divulgada pelo presidente do partido, Marko Cortés, num comunicado onde se mostrou satisfeito por, "apesar de todas as dificuldades", terem vencido em 14 capitais de estado, como Guanajuato (Estado central com o mesmo nome) ou Cuernavaca (Estado central de Morelos).

"Reconhecemos que os resultados não nos favorecem, mas também salientamos que a eleição não foi limpa nem legítima", denunciou o presidente do PAN, ao qual pertence a candidata Xóchitl Gálvez.

Marko Cortés classificou o processo como um "eleição de Estado" porque, na sua opinião, o Presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador "interveio diretamente" e houve um "desvio e desperdício" de recursos.

"Somos democratas e reconheceremos sempre a vontade da maioria quando esta for verdadeiramente legítima, por isso não podemos deixar de denunciar e contestar quando a Constituição e a lei eleitoral são reiteradamente violadas", acrescentou.

Sheinbaum, do Movimento para a Regeneração Nacional, partido de esquerda atualmente no Governo, será a primeira mulher presidente do México em 200 anos, depois de obter entre 58,3% e 60,7% dos votos nas eleições de domingo, segundo o Instituto Nacional Eleitoral (INE), cerca de 30 pontos à frente da sua maior rival, Gálvez, que alcançou entre 26,6% e 28,6% dos votos.

Cortés, líder da formação que, juntamente com o Partido Revolucionário Institucional (PRI) e o Partido da Revolução Democrática (PRD) formaram a coligação de oposição liderada por Gálvez, anunciou que as equipas jurídicas do PAN "estão a rever as atas eleitorais" para confrontar com os cálculos distritais que serão realizados na quarta-feira.

O México viveu este domingo as maiores eleições da sua história, onde 98 milhões de mexicanos foram chamados a votar para eleger mais de 20 mil autoridades públicas,

A campanha eleitoral para as presidenciais mexicanas ficou marcada por uma vaga de violência, com o Governo a reconhecer o assassínio de 22 candidatos, embora grupos independentes apontem para cerca de 250 homicídios políticos, incluindo assessores, funcionários, familiares e vítimas colaterais.

Leia Também: Autarca de cidade do México assassinada um dia após presidenciais

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