"Estamos prontos para uma operação muito poderosa no norte. De uma forma ou de outra, vamos restabelecer a segurança na região", afirmou Netanyahu nas redes sociais, durante uma visita perto da fronteira com o Líbano.
Esteve na cidade de Kiryat Shmona, no norte do país, alvo de dezenas de ataques com projéteis e 'drones' do Hezbollah no âmbito dos combates na região.
Num vídeo gravado durante a visita, Netanyahu disse que os que pensam que os israelitas vão ficar de braços cruzados perante os ataques do Hezbollah, que provocaram incêndios na zona na terça-feira, estão "a cometer um erro grave".
"A terra ardeu ontem [terça-feira] e estou contente por o terem apagado", disse aos bombeiros locais, antes de acrescentar que "a terra também ardeu no Líbano"
Netanyahu também se reuniu com soldados da 769.ª Brigada para discutir as operações contra o Hezbollah, segundo o diário israelita The Times of Israel, citado pela agência espanhola Europa Press.
O exército israelita confirmou hoje que bombardeou nas últimas horas dois alegados lançadores do Hezbollah em Aita al Chaab e em Zabkin e três edifícios militares em Al Adeisa, Bleida e Markaba, sem notícia de vítimas.
A visita de Netanyahu ocorreu um dia depois de o ministro da Segurança Nacional israelita, o extremista Itamar Ben Gvir, se ter deslocado a Kiryat Shmona, onde apelou para a destruição do Hezbollah e defendeu uma guerra com o Líbano.
"Não é possível que a nossa terra arda e que haja paz no Líbano. Temos de queimar e destruir todas as fortalezas do Hezbollah. Guerra", afirmou Ben Gvir.
O exército israelita e o Hezbollah, que é apoiado pelo Irão e tem um peso político significativo no Líbano, têm estado envolvidos em confrontos desde o início do conflito atual entre Israel e o grupo extremista palestiniano Hamas.
A guerra foi desencadeada por ataques sem precedente do Hamas no sul de Israel, em 07 de outubro de 2023, que mataram cerca de 1.200 pessoas e fizeram mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
A ofensiva israelita que se seguiu contra a Faixa de Gaza provocou mais de 36.500 mortos, de acordo com dados do ministério de Saúde do governo do Hamas, que controla o enclave desde 2007.
O Hamas é considerado como um grupo terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.
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